Laudo aponta ausência de sinais de tortura em detentos de presídio do sul do Pará

Centro de Recuperação Regional de Redenção — Foto: Agência Pará

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que detentos custodiados no Centro de Recuperação Regional de Redenção (CRRR), no sul do Pará, não foram vítimas de tortura no cárcere. O laudo do IML contraria uma denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que alegou maus-tratos aos custodiados.

Após a divulgação dos laudos, o G1 entrou em contato com OAB solicitando um posicionamento, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

O laudo do IML, divulgado na última sexta-feira (16), foi realizado após a OAB receber denúncias de que detentos estavam sendo torturados por servidores do presídio. Segundo a OAB, quatro dos 15 presos que teriam sido torturados já prestaram depoimento para a Polícia Civil.

A denúncia da OAB expõe relatos de agressões dos detentos que vieram de Belém, que foram os mesmos acusados de participarem da rebelião que ocorreu ano passado em Redenção. Segundo a OAB, os presos foram recebidos com agressões pelos agentes, que teriam usado algemas e cassetetes.

No entanto, de acordo com o IML, não houve sinais de maus-tratos e tortura aos detentos. Em nota publicada nesta terça (20), o IML também informou que resultados dos exames serão repassados diretamente pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) à Polícia Civil, para a devida apuração da denúncia.

Ainda segundo o IML, para a realização dos exames de corpo de delito, ocorreu uma operação de escolta que durou dois dias. Os internos envolvidos foram transferidos para Belém, já que não há unidade do IML em Redenção.

Todo o trajeto foi acompanhado pelo Comando de Operações Penitenciárias, diretorias de Execução Criminal e Administração Penitenciária da Seap, e ainda pelo corpo técnico de saúde. Todo o percurso também foi registrado e fotografado. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) também informou que repudia qualquer ato de maus-tratos aos custodiados.

Fonte: G1 – Pará

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