De acordo com comitê eleitoral da campanha para para reeleição de Darci Lermem (MDB) à Prefeitura de Parauapebas, no sudeste do Pará, o candidato gastou R$ 1.756,716,33, sendo que dessas apenas R$ 11.000 são oriundos de recursos próprios; R$ 1.655,716,33 vieram de doações de pessoas físicas; e R$ 90.000 são provenientes de recursos do fundo partidário, no caso do Movimento Democrático Brasileiro.
De acordo com a Promotoria da Justiça Eleitoral, inicialmente, em 4 de fevereiro último, o processo foi analisado, porém alguns documentos estavam pendentes de apresentação. Naquela oportunidade, os autos foram baixados em diligências para que o candidato fosse intimado a incluir no processo, em tramitação, os documentos necessários para sanar as falhas inicialmente detectadas na prestação de contas.
Dentro do prazo oportunizado, no dia 10 de fevereiro, o advogado de Darci apresentou petição para justificar as pendências do processo, mas diante da apresentação de documentos, constatou-se doação de uma pessoa que, segundo a PJE, não tinha condições de fazer a doação eleitoral de R$ 300 mil, porque na declaração de Imposto de Renda de 2019 foi declarado pouco mais de R$ 30 mil.
Um doador de R$ 500 mil declarou de imposto, em 2019, um pouco mais de R$ 40 mil. O mesmo modus operandi foi detectado em mais de dez doações incompatíveis com a renda do eleitor doador. Além de irregularidades nas doações, foram detectadas diversas inconsistências nas despesas financeiras apresentadas à Justiça Eleitoral. Gastos como locação de imóveis, combustíveis, publicidade e água mineral apresentaram diversos problemas não amparados na legislação eleitoral.
Diante dos problemas detectados, Eline Salgado Vieira, juíza eleitoral da 106ª ZE de Parauapebas, expediu o seguinte parecer: “JULGO DESAPROVADAS as presentes contas eleitorais, referentes às eleições municipais de 2020, ao cargo de Prefeito e Vice-Prefeito, do Município de Parauapebas/PA”. (Pedro Souza/Debate Carajás)
