Justiça arquiva denúncia de estupro e Lacraia se prepara para combate

Nesta foto registrada na 21ª Seccional Urbana de Marabá, Lacraia mostra que está pronta para requerer a merecida reparação por danos morais | Foto: Divulgação

Caso encerrado? Apesar de o juízo da 2ª Vara Criminal de Marabá determinar o arquivamento do processo de investigação por estupro de vulnerável contra Frankimar Fernandes da Silva Dias, a Lacraia, a defesa já prepara uma ação para reaver os prejuízos causados à imagem da artista popular por falsa comunicação de crime.

Concordando com parecer favorável do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e com o resultado do inquérito conduzido pela Polícia Civil de Marabá, o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki decidiu rejeitar a falsa acusação do crime de estupro de vulnerável contra a figura icônica. A decisão foi publicada no último dia 28.

Lacraia foi presa na noite de 1º de fevereiro último por uma guarnição da Polícia Militar, sob suspeita de abuso sexual praticado contra uma garota de sete anos. A criança teria acusado a artista de tê-la levado para os fundos de uma casa e praticado o ato sexual, mas o exame sexológico forense e as investigações não confirmaram a existência de conjunção carnal.

Lacraia em pose para foto com o advogado pro bono Dione Freires: inocência por falta de provas

Na época, um “irmão da igreja” em que a mãe da criança congregava teria relatado uma “visão” sobre o suposto abuso cometido por Lacraia. Resta saber se esse “irmão da igreja” será investigado da forma como a artista foi. E, pior, se receberá a mesma exposição e julgamento nas mídias sociais. Afinal, como diz o provérbio popular, o “pau que bate em Chico, precisa dar em Francisco”, sob pena de se massacrar apenas as minorias.

Lacraia foi defendida gratuitamente pelo advogado Diego Adriano Freires, associado ao escritório de advocacia Teixeira & Freires, e pelo criminalista Elismar Cabral. Os dois profissionais moram na cidade de Jacundá, sudeste do Pará. Os causídicos foram acionados pelo ativista de Direitos Humanos Noé Lima da Silva, que é acadêmico de Direito e milita na área há vários anos.

Procurado pela Reportagem do Debate, o advogado Diego Freires prometeu ingressar com uma ação na Justiça para buscar a responsabilização dos culpados pela falsa acusação e indenização pelos danos causados pelo Estado do Pará à imagem da figura folclórica de Marabá. Cenas do próximo capítulo. (Portal Debate Carajás)

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