Justiça do Trabalho nega adiamento de eleição no Sindecomar

Sede do Sindecomar no Núcleo Marabá Pioneira | Foto: Vinícius Soares/Debate Carajás

Sheila Rodrigues Neves, candidata à presidência do Sindicato dos Empregados no Comércio do Município de Marabá (Sindecomar), teve mais um pedido de adiamento da eleição, marcada para esta quinta-feira (11), negado pela juíza Bianca Libonati Galúcio, da 3ª Vara do Trabalho de Marabá. Ela pediu o adiamento com base em supostas fraudes na lista dos comerciários aptos a votar, restrição de documentos para impugnação de candidatos da sua chapa e desconhecimento da lista de sócios do sindicato.

Sheila Neves está à frente do Sindecomar há anos. Até o dia 13 de dezembro último, a candidata exercia a função de secretária-geral da entidade sindical na gestão de João Luís da Silva Barnabé, que agora concorre ao cargo de vice-presidente ao lado dela pela Chapa 1. A chapa é composta por 14 pessoas, a maioria afastada pela Justiça do Trabalho por desmandos na agremiação, todos eles repercutidos pelo Portal Debate Carajás.

A magistrada Bianca Galúcio vem negando, nos últimos meses, todas as tentativas da diretoria afastada de adiar novamente a eleição do Sindecomar. A Chapa 2, liderada por Márcio Alves de Jesus e Tâmara Rodrigues Souza, acusa o grupo de Sheila Neves e João Luís Barnabé de utilizar o instrumento judicial para manter o status quo (manter as coisas como estão). Aliás, o Sindecomar está sem presidente legitimado pelo voto desde novembro de 2019, visto que o pleito para sucessão da diretoria eleita em 2015 não aconteceu.

Na decisão publicada nesta quarta-feira (10), a magistrada negou todos os pedidos de Sheila e determinou apenas que a Junta Governativa atualize a lista de sócios aptos a votar e que estejam em dia com as obrigações sindicais. Parece que, de fato, agora o processo eleitoral será concluído, devendo prevalecer a vontade soberana do trabalhador de escolher seus representantes.

A Reportagem conversou com o advogado Rodrigo Botelho, contratado pela chapa de oposição à diretoria afastada. Ele afirma que rebateu todas as alegações apresentadas na petição da reclamante (Sheila) e anexou aos autos do processo diversas decisões judiciais desobedecidas pela candidata, sempre com o intuito de adiar as eleições sindicais em Marabá. “Os trabalhadores não aguentam mais tanto adiamento dessa eleição. Eles querem votar”, penhora o causídico.

O processo eleitoral acontecerá nesta quinta das 8h às 18h. A Junta Governativa disponibilizará urnas fixas e itinerantes durante os dois turnos de trabalho. Conforme a Comissão Eleitoral, alguns patrões não aceitaram a presença da urna no interior do estabelecimento, mas o trabalhador poderá votar do lado externo ou desempenhar seu direito constitucional ao voto em outro local antes de assumir o expediente. (Portal Debate Carajás)

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