Uma jornalista de 41 anos foi assassinada a tiros pelo marido na noite de Ano Novo, na última sexta-feira (31/12), em Porto Seguro, na Bahia. A filha de 10 anos da vítima, fruto de outro relacionamento, estava na casa no momento e há informações de que ela tenha presenciado o crime.
Além da garota, a irmã da jornalista, uma adolescente de 13, filha do autor do crime, o filho do casal de 11 meses e duas funcionárias estavam no local na hora do crime
A jornalista Juliana de Freitas Alves chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O marido, o engenheiro Reges Amauri Krucinski, de 42, foi encontrado com a roupa suja de sangue em uma rua próxima à casa do casal no condomínio.
Ele é praticante de tiro esportivo. O engenheiro assumiu o crime e foi preso.
O feminicídio teria sido motivado por uma discussão na noite de ano novo. Conforme o jornal Radar 64, Juliana e Reges eram casados há dois anos. O engenheiro e a jornalista saíram de São Bernardo do Campo, em São Paulo, para morar na cidade da Bahia com a intenção de abrir um hotel.
Saiba mais
Feminicídio é o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do gênero. Ou seja, elas são mortas por serem do sexo feminino. O Brasil é um dos países em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
A tipificação do crime de feminicídio é recente no Brasil. A Lei do Feminicídio (Lei 13.104) entrou em vigor em 9 de março de 2015.
Entretanto, o feminicídio é o nível mais alto da violência doméstica. É um crime de ódio, o desfecho trágico de um relacionamento abusivo. (Com Correio Braziliense)