Inflação em Marabá acelera para 1,52% em setembro

Esse é o maior índice desde maio deste ano. Em setembro de 2020, inflação foi de 0,12%. De acordo com a pesquisa, a energia elétrica, o gás de cozinha e itens de alimentação foram os que mais subiram no mês

A alta dos preços de produtos e serviços segue em escalada em Marabá. É o que aponta o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Marabá), boletim técnico produzido e divulgado pelo Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (Lainc) da Unifesspa.

Para o mês de setembro, a inflação subiu 1,52%, maior índice desde maio deste ano e bem superior aos 0,12% registrados no mesmo período do ano passado. De acordo com a pesquisa, a energia elétrica, o gás de cozinha e itens de alimentação foram os que mais subiram no mês. Já no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, a perda do poder de compra chegou aos 10,08% em Marabá, portanto na casa dois dígitos.

As projeções do Lainc indicam um cenário de piora na inflação. Se mantiver o crescimento linear dos meses anteriores, o índice inflacionário pode chegar aos 13,65%, bem superior à estimativa da inflação do Brasil, que gira em torno de 10,25%. Os Grupos “Alimentação e bebidas” (17,09%), “Vestuário” (15,01%) e “Habitação” (14,10%) são os que apresentam a maior variação de preços no acumulado do ano.

Para os pesquisadores, é impossível não associar a inflação alta de Marabá ao fato de que o setor produtivo local não responde às necessidades de abastecimento da população local, fortalecendo a tese da dependência das importações de bens de consumo. Isso sem perder de vista os reajustes dos combustíveis, em particular do diesel, condição que infla os preços no mercado de consumo local.

Cesta básica

A partir do IPC-Marabá, o Lainc também calcula o custo da Cesta Básica de Consumo Familiar (CBCF). A pesquisa leva em consideração uma cesta de consumo para uma família com cinco membros e renda nominal familiar na faixa de um a cinco salários mínimos.

cesta basica setembroNo boletim divulgado esta semana, os pesquisadores apontam que a cesta básica teve a sua maior alta desde o início da pesquisa, saltando do valor de R$1.460,84, em agosto, para R$1.515,66, no mês de setembro. Isso equivalente a uma variação de 3,75%, superior ao IPC/Marabá de setembro que ficou em 1,52%, e mantendo a tendência de superar o valor nominal do salário mínimo de R$1.100.

Os grupos de despesa que mais se destacaram dentre os 12 que compõem a CBCF foram: “Despesas Gerais”, que engloba gastos com energia, água e gás, e representa 30,24% do valor total da cesta básica; “Carnes”, com 16,69% de participação; e “Serviços” com 16,52%. Apenas esses três grupos de despesas foram responsáveis por 63,45% do valor final da CBCF em setembro, fato que aponta a necessidade imperativa de realizar pesquisa de preços para uma melhor planificação dos gastos de consumo da família. (Ascom Unifesspa)

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