O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2019, divulgado nesta terça-feira (15), mostra que o nível de qualidade do ensino em Marabá, no sudeste do Pará, continua abaixo do esperado pelo Ministério da Educação (MEC), segundo o resultado publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Como o IDEB é calculado?
O Ideb é um índice de 0 a 10, calculado com base em dois fatores:
- índices de aprovação/reprovação dos alunos e de abandono dos estudos, medidos no Censo Escolar;
- notas em provas de português e de matemática no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
Para ter um bom Ideb, é preciso ter baixas taxas de reprovação e de abandono de estudos, além de resultados satisfatórios no Saeb. Essa avaliação é aplicada a cada dois anos, em algumas etapas escolares: 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental, e 3º ano do ensino médio. A avaliação envolve as escolas públicas e particulares de Marabá.
Marabá (Ensino Fundamental)
O IDEB corresponde às séries iniciais (4º e 5º anos) alcançou 5.1. Um pouco acima da média projetada para o ano de 2019 de 4.7. Já no 8º e 9º anos, a média alcançada foi de 4.4 bem abaixo da média projetada de 4.9. Os dois níveis de ensino são de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Marabá. Ambos encontram-se bem abaixo da média nacional de 5,7 e 5,2 respectivamente.
Marabá (Ensino Médio)
O Pará teve o segundo pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ano de 2019, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15). O Estado registrou um índice de 3,4 um ponto a menos do que a meta estipulada de 4,4. Já Marabá, alcançou a média de 3.3 no 3º ano, bem abaixo da média projetada 4.2 para o ano de 2019. O Ensino Médio é de responsabilidade do governo do estado do Pará.
Em agosto de 2020, o Congresso Nacional tornou permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), pois a antiga lei vencerá em dezembro de 2020.
Após uma série de negociações com o governo, o Congresso também estabeleceu que a participação da União no fundo aumentará gradualmente. Passará dos atuais 10% para 23% até 2026. Para se mudar essa realidade crítica, necessita-se de mais investimentos na infraestrutura e uma política permanente valorização dos profissionais do magistério.
Fonte: Portal Debate Carajás