Policiais civis da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca) prenderam na última quinta-feira, 22, um homem de 66 anos acusado de estuprar a filha adotiva, durante quatro anos no município de Breves, no arquipélago do Marajó.
Os policiais cumpriram um mandado de prisão expedido pela Justiça após investigação da Deaca e prenderam o criminoso na sua própria embarcação que estava atracada num estaleiro no bairro Cidade Nova. Em respeito a vítima, nome do acusado, não foi revelado em concordância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo o Superintendente Regional da Polícia Civil no Marajó Ocidental (Sudepol), delegado Paulo Junqueira, a investigação apontou que o homem estuprou a criança quando ela tinha entre 10 e 14 anos, o que resultou na gravidez da menor aos 13 anos de idade.
Ainda segundo o delegado, inicialmente a vítima negava que o pai a tivesse violentado. No entanto, pouco meses após o início das investigações a menor fugiu da casa na qual morava com o acusado e, quando foi encontrada, relatou à polícia que não aguentava mais viver com o homem e que, anteriormente negou a violência porque foi ameaçada pelo agressor.
Ao longo das investigações o suspeito foi criando provas contra si. Uma delas foi a tentativa de subornar as Conselheiras Tutelares durante atendimento no órgão. Moradores vizinhos da comunidade ribeirinha onde os dois viviam também relataram à polícia que estranhavam o comportamento do pai com a filha.
Quando a adolescente, finalmente, contou a verdade à polícia, o acusado fugiu para o Amapá para tentar escapar da cadeia. Com provas suficientes, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva, que foi acatada pela Justiça e cumprida ontem, quando o homem já estava, novamente, em Breves. (Com informações do Roma News)
