“Se calado eu estava, calado eu fiquei”. A carapuça embutida nesse ditado popular cabe direitinho na cabeça de ocupantes dos cargos, nomeados por Helder Barbalho, na máquina pública estadual em Marabá. Ninguém ‘dá um piu’ para defender o mandatário nas redes sociais, diante da maior crise enfrentada pelo governo do Pará.
Helder, secretários e assessores foram alvo de busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal (PF), no dia 10 de junho de 2020, através da “Operação Para Bellum”, que investiga possíveis irregularidades na compra de respiradores por parte da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) para serem utilizados no combate à pandemia provocada pela Covid-19.
A investigação ainda está na fase de inquérito, logo qualquer afirmação que incrimine diretamente Helder, neste momento, será mera especulação de redes sociais. Se bem que os R$ 750 mil, encontrados na residência do Secretário Adjunto de Saúde, Peter Cassol, nas caixas de isopor não existe defesa possível. “Todavia o dinheiro não estava em posse do Barbalho”, dirão os defensores do governador.
“Quem está na chuva, é para se molhar”. Esse outro ditado popular, muito utilizado no meio político, expressa a maneira como os ADS, coordenadores, diretores, gerentes e outros ocupantes de cargos públicos deveriam se comportar, combatendo as críticas endereçadas a Helder Barbalho em Marabá. Na política, quem faz parte de qualquer governo tem o dever de defendê-lo.
Helder está enfrentando o maior índice de rejeição durante a crise causada pela Covid-19 e grande parte dos paraenses acham que ele tem ‘culpa no cartório’. No entanto, o governador que tem assessores, com o naipe dos marabaenses, não precisa de oposição, eles resolvem. Como diriam os mais antigos, “defenda ou pegue seu boné e caia fora”.
Para piorar a situação, a antiga base de apoio que ‘ralou’, mas não foi ‘chamada’ se nega a fazer a defesa de Helder Barbalho. ‘De olho’ no desmoronamento da estrutura política do governador, o ‘tucanato’ está de ‘butuca’, sorrindo da ‘fritura’ de Helder nas redes sociais.
Debate Carajás
