Helder aguarda com a ‘pulga atrás da orelha’ decisão da Justiça sobre pedido de afastamento do cargo

O governador do estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), aguarda com a ‘pulga atrás da orelha’ a decisão sobre o pedido de seu afastamento do cargo, através de uma ação civil pública, assinada na terça-feira (10), pelo Procurador-Geral de Justiça, Gilberto Valente Martins, no caso da compra com dispensa de licitação de 400 ventiladores pulmonares da empresa SKN do Brasil Importadora e Exportadora de Eletrônicos LTDA no início da pandemia do novo coronavírus.

De olho no que aconteceu com o governador do estado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), afastado por 180 dias, por meio de uma decisão monocrática, do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 28 de agosto de 2020, Helder tem partido para o ataque contra o Procurador Geral de Justiça, Gilberto Martins, na tentativa de desqualificar a denúncia, pois nada assegura que a Justiça se manifeste através de uma decisão colegiada sobre as supostas irregularidades protocoladas na 1ª Vara de Fazenda de Belém.

A denúncia do procurador Gilberto Martins preocupa o núcleo jurídico que cerca Helder Barbalho devido ao fato da manifestação da Justiça poder chegar por meio de uma decisão monocrática, assim como aconteceu com Wilson Witzel que nunca mais conseguiu retornar ao cargo. Por último, Witzel foi ‘despejado’ do Palácio Laranjeiras, residência oficial do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O casal voltou a morar em sua casa no bairro do Grajaú, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

A Procuradoria Geral de Justiça do Pará pediu o afastamento de Helder por improbidade administrativa. Os promotores pediram o bloqueio de bens de Barbalho e de outros 8 denunciados na ação. O grupo é acusado de agir em conjunto em operação ilegal para a compra emergencial de 400 ventiladores pulmonares durante a crise provocada pela Covid-19 no Pará.

Durante as investigações, Helder Barbalho e auxiliares foram alvo de várias operações da Polícia Federal, dividindo-se em busca e apreensão, inclusive no gabinete do governador, prisões de secretários, assessores e empresários, mesmo o Barbalho afirmando que não houve danos ao erário público, pois, segundo ele, o governo paraense conseguiu o ressarcimento de 22 milhões e 795 mil, do total de 25 milhões e 200 mil pagos pelos respiradores e a 2ª parcela não chegou a ser paga aos empresários.

No entanto, para a Procuradoria Geral, a aquisição dos equipamentos teria causado prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres estaduais. A denúncia sustenta que o governador tinha ligações com 1 representante da empresa contratada, a SKN do Brasil. Como diz o conhecido ditado popular: “Gato escaldado tem medo de água fria”. Helder Barbalho vem afirmando que o pedido de afastamento solicitado por Gilberto Martins possui fins políticos partidários. Quem viver verá!.

Procurador-geral de Justiça Gilberto Martins condecorou o governador Helder Barbalho
Procurador-geral de Justiça Gilberto Martins e o governador Helder Barbalho – Crédito: MPPA

Fonte: Pedro Souza

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