Garimpeiros que estão no Rio Madeira prometem “paredão de balsas”

Em áudio, homem afirma que as fiscalizações “não sabem como é a situação dos garimpeiros” e relembra ataque de grupo ao Ibama e ICMBio.
Balsas para garimpagem - Crédito: Reprodução

GARIMPAREM – Centenas de balsas e dragas usadas para extração de ouro atracaram no Rio Madeira nessa terça-feira (23/11). As dragas, que sugam o rio em busca de minério, estão em um porto próximo da comunidade Rosarinho, a uma distância de apenas 120 quilômetros de Manaus, no Amazonas.

Um áudio revela que garimpeiros planejam uma reação caso eles sejam abordados pela fiscalização. O homem ainda afirma que as fiscalizações “não sabem como é a situação dos garimpeiros”. “Só sabem criticar os garimpeiros, mas na realidade, se eles soubessem, o primeiro dinheiro que entra na cidade é deles [dos garimpeiros]. Por isso que uma vez, quando tocaram fogo aqui no Humaitá numas balsas aqui, tocamos fogo no Ibama, tocamos fogo do ICMBio, tocamos o f*-se”, continuou ele.

Nos áudios, o homem cita ataque feito por um grupo de garimpeiros, em outubro de 2017, às sedes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiverdidade (ICMBio) em Humaitá, município da região sul do Amazonas.

A prefeitura de Autazes alertou o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e acionou a Marinha, a Polícia Federal e o Ministério do Meio Ambiente sobre a atual situação  e espera que o crime ambiental seja impedido de acontecer.

Centenas de balsas de garimpo ilegal invadem trecho do rio Madeira a apenas 120 km de Manaus | Cotidiano | A Crítica | Amazônia - Amazonas - Manaus
Balsas no Rio Madeira – Crédito: Reprodução
Nota do Ipaam

Em nota, o Ipaam disse que comunicou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para alinhar as providências, depois de identificar a presença das balsas mineradoras.

Juliano Valente, diretor-presidente do Ipaam, também informou que as balsas estão ancoradas no Rio Madeira, local de competência dos órgãos federais.

Segundo o comunicado, a regulamentação da exploração mineral na área “é de competência da Agência Nacional de Mineração. O licenciamento é de responsabilidade do Ibama, e a atuação, em caso de crimes de exploração ilegal de minério, é competência da Polícia Federal. Ainda sobre a trafegabilidade e de poluição hídrica, o acompanhamento é feito pela Marinha”.

O diretor-presidente declarou que, apesar de a competência de atuação na área ser federal, o governo do Amazonas está “à disposição para atuar em parceria com os demais órgãos” e que fará uma reunião de alinhamento com representantes do Ibama, Marinha e Polícia Federal na manhã de quinta-feira (25/11).

“O governo do estado se coloca à disposição dessas forças no sentido colaborativo. Então, em todas as ações que advirão desses órgãos, o Governo do Estado está no apoio. Nós apoiaremos as ações administrativas do Ibama. E as forças de segurança do Estado estão à disposição dos órgãos federais para tomarem as ações devidas”, pontuou Juliano Valente. (Portal Debate Carajás, com Metrópoles)

FOTOS: Centenas de balsas e dragas bloqueiam trecho do Rio Madeira para garimpo ilegal | Amazonas | G1
Crédito: Reprodução

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