Foragido da Justiça de Minas Gerais é preso no oeste do Pará

Condenado vivia tranquilamente em Altamira.
Crédito: TV Alterosa

Aclebio Balbino de Oliveira Santos, conhecido como “Binho”, foi preso nesta quinta-feira (1) em Altamira, no centro de cidade, acusado de envolvimento em um homicídio em Minas Gerais, em 2016. Valmir Giongo, foi morto a golpes de pé de cabra no dia 8 de agosto do mesmo ano, em Varginha (MG).

No início o crime foi tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, mas depois a polícia descobriu que a esposa dele, Maria Aparecida Maximiro, estava envolvida.

A mulher, que tinha 35 anos na época, vivia com o comerciante, conhecido como “Gaúcho”, há mais de oito anos. Ela teria sido funcionária dele no início do relacionamento. O delegado não soube precisar se a esposa do comerciante teria sido a mandante do crime, mas ressaltou que ela conhecia os dois suspeitos do crime, inclusive era amante de “Binho.”

“Ela tinha conhecimento do caso e conhecia esses autores”, pontuou à época o delegado responsável pelo caso, Eduardo Silva.

Maria Aparecida acabou sendo presa no dia 19 de agosto, suspeita de ser a mandante do crime. Além dela, Tiago Borges, suspeito de participação na morte do comerciante também foi condenado e pegou 27 anos de prisão em regime fechado. O terceiro suspeito continuava foragido até então.

Na noite do crime, a esposa do comerciante disse que Giongo ligou pedindo que ela deixasse a porta da sala destrancada porque não estava com a chave. Conforme o relato dela, o comerciante teria sido surpreendido pelos suspeitos no momento em que abria o portão e foi agredido ainda dentro da garagem.

Na época ela chegou a dar entrevista para a TV local, relatando o dia do crime. “Eu estava dormindo e acordei com um homem tampando a minha boca. Neste momento já ouvi meu marido gemendo muito, com a boca tampada. Eles começaram a pedir a chave do cofre. Eu falava que eu não tinha, mas eles insistiram, ficaram procurando pela casa, bateram na minha cara, reviraram tudo, até que acharam o cofre da parte de cima. Quando abriram, não tinha nada. Então, eles me arrastaram e amarraram”, disse.

Ainda de acordo com ela, Giongo estaria caído no corredor da garagem durante todo acontecimento. “Ele estava caído. Eu não sei quantas pessoas que eu vi. Um ficou comigo e devia ter uns dois ou três, todos encapuzados. Quando não acharam nada, me jogaram na cama, deram um tapa na minha cara e me amarraram”, relatou.

Ainda segundo a mulher, depois que os suspeitos saíram, ela conseguiu se soltar e pedir ajuda. “Eu fui me virando, peguei o telefone fixo e liguei para minha vizinha para pedir ajuda. Liguei na Polícia Militar, mas como não consegui, resolvi ligar para o irmão dele”, acresceu, na ocasião.

A esposa disse na ocasião que o fato da vítima guardar dinheiro em casa tivesse atraído os criminosos e motivado o assassinato. Segundo a polícia, Giongo morreu ainda dentro de casa. O carro do comerciante foi usado na fuga. Irmão de vítima desconfiou de mulher

Por outro lado, o irmão do comerciante assassinado, Valmor Giongo, confessou que desconfiou da cunhada no dia do crime. Em entrevista, ele questionou como a mulher conseguiu ligar pra ele, se estava com as mãos amarradas.

Ainda segundo Valmor Giongo, a cunhada teria mudado o comportamento com a família durante os anos de relacionamento com a vítima. “Ela era gananciosa, queria ficar rica rápido. Ela chegou humilde na nossa família, mas depois queria tomar a frente de tudo”.

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