Flávio Bolsonaro se filia ao Patriota, e partido faz convite ao presidente

Senador participou virtualmente de convenção nacional da legenda e disse que filiação de Jair Bolsonaro é ‘tendência natural’
Crédito: Reprodução/Twitter @flaviobolsonaro

Nesta segunda-feira (31), o senador Flávio Bolsonaro (RJ) anunciou sua filiação ao Patriota. Em participação por videoconferência, Flávio indicou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também deve migrar para a sigla.

Na ficha de filiação do senador, consta a data de 26 de maio, última quarta-feira. A convenção ainda aprovou o novo estatuto do Patriota, que dá poder de voto aos diretórios estaduais e abre caminho para o controle da sigla por Jair Bolsonaro.

O presidente da sigla, Adilson Barroso, afirmou que enviará o convite oficial ao presidente da República. “A minha vinda para esse partido é para somar”, disse Flávio, afirmando ter intenção de construir o maior partido político do Brasil após as eleições de 2022.

A convocação da convenção desagradou uma parte da legenda, que resiste ao desembarque de Bolsonaro. O vice-presidente, Ovasco Resende, contrariou a realização do evento presencial. Filmado e transmitido pelo Facebook, o encontro teve bate-boca quando a filiação do presidente começou a ser debatida.

Ovasco Resende era presidente do PRP, que se fundiu ao Patriota em 2019 para sobreviver à cláusula de barreira e manter acesso ao fundo partidário. O acordo de fusão levou Resende à vice-presidência e Barroso, ao comando da nova sigla, que manteve o nome.

Passagem-relâmpago

Se Jair Bolsonaro se filiar ao Patriota, será sua segunda passagem pela legenda. Em 2017, enquanto negociava a candidatura do então deputado federal, o Partido Ecológico Nacional (PEN) foi rebatizado de Patriota, numa tentativa de seduzir Bolsonaro.

A família Bolsonaro participou da transformação da legenda, mas acabou migrando para o PSL numa negociação envolvendo seu então braço direito, Gustavo Bebianno, e o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. Jair Bolsonaro disputou a presidência pelo PSL, venceu o pleito e ajudou a eleger uma bancada 53 deputados federais — feito inédito para um partido que havia eleito somente um parlamentar na eleição anterior.

Em novembro de 2019, Bolsonaro rompe com Luciano Bivar e se desfilia do PSL. O racha divide a bancada entre “bivaristas” e bolsonaristas, que se lançam numa empreitada para fundar o próprio partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil.

Um ano e meio após ser lançado, o Aliança amarga uma baixa coleta de assinaturas necessárias para a obtenção oficial do registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o projeto naufragando, Bolsonaro começou a negociar com outras legendas, como PP, PTB, Republicanos, PMB (agora Brasil 35) e o próprio PSL. (Com O Globo)

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