Febre Oropouche: saiba qual cidade paraense tem mais casos da doença

Entre os sintomas mais graves para os quais a febre oropouche pode evoluir estão o comprometimento do sistema nervoso central, desenvolvendo meningite ou meningoencefalite.

Casos de febre oropouche, também conhecida como febre do maruim, tem crescido no Pará. Os números quase quadruplicaram entre o penúltimo e o último boletim emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), indo de 9 registros, até 1º de março, para 34, no último balanço feito no dia 15 e divulgado na quarta-feira, 27 de março. Dois municípios paraenses se destacam no cenário.

A cidade com mais casos da doença no Pará, até o momento, é Alenquer, na região Oeste do Estado, com 13 notificações. Em seguida, Castanhal, na região Nordeste, apresentando 8 casos.

Segundo nota anterior divulgada pela Sespa na primeira semana de março, referente aos casos de 1º de janeiro a 1º de março deste ano, a maior ocorrência da doença se concentrava na região Oeste do Pará. Com a atualização do cenário na última quarta-feira, 27, percebe-se que os registros têm se espalhado para outras regiões.

O salto no crescimento de casos acende o alerta de especialistas. A médica e pesquisadora em saúde pública do Instituto Evandro Chagas (IEC), Socorro Azevedo, aponta que a febre oropouche pode provocar sintomas intensos e duradouros, fazendo com que mais pessoas precisem buscar ajuda médica:

“De certo que a febre do Oropouche poderá levar mais pessoas a buscar atendimento porque elas (as pessoas) necessitam do cuidado, algumas vezes com pronto atendimento para melhora da febre ou pela dor de cabeça, que costuma ser intensa e duradoura sem melhora com analgésico oral, que pode inclusive ser sinal de alerta para comprometimento neurológico”, afirma.

Entre os sintomas mais graves para os quais a febre oropouche pode evoluir estão o comprometimento do sistema nervoso central, desenvolvendo meningite ou meningoencefalite. “Como observado em outras doenças, pessoas que têm algum comprometimento de saúde podem ter uma evolução pior”, comenta Azevedo.

A especialista diz, ainda, que no momento não existe uma vacina ou medicamentos específicos para o tratamento da doença, mesmo que ela não seja uma enfermidade ‘nova’:

“No estado Pará, surtos da febre por Oropouche já ocorreram desde a identificação do vírus por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas em 1960, ocorrido durante a construção da Belém-Brasília , sendo a primeira epidemia identificada em 1961”, informa. O IEC realiza o monitoramento do vírus no Pará e já detectou que, em 2018, surto de febre por Oropouche ocorreu em municípios da Região Metropolitana de Belém.

“De lá pra cá, casos de adoecimento causado pelo vírus Oropouche tem sido identificados em vários municípios do estado. Portanto, os casos da doença já vem ocorrendo desde 2018 e tem se expandido no território paraense. Neste momento há surto de febre por Oropouche ocorrendo em outros estados da Amazônia, onde o vírus já circula há muito tempo, como no Amazonas e Acre”.

Confira a lista dos municípios paraenses com casos registrados

Alenquer – 13 casos
Castanhal – 8 casos
Faro – 3 casos
Igarapé-açu – 2 casos
Belém – 1 caso
Benevides – 1 caso
Inhangapi – 1 caso
Curuçá – 1 caso
Maracanã – 1 caso
São João de Pirabas – 1 caso
Parauapebas – 1 caso
Limoeiro do Ajuru – 1 caso

(As informações são do Portal O Liberal)

Relacionados

Postagens Relacionadas

Nenhum encontrado

Cadastre-se e receba notificações de novas postagens!