Nos últimos anos, grande parte dos mortos do complexo Cidade Nova está sendo velado em um pequeno salão, localizado nos fundos da Igreja Católica São Félix de Valois, no bairro Marabá Pioneira, em frente ao Estádio Zinho Oliveira, a quilômetros de distância, porque não existe nenhum local público destinado para essa finalidade em Marabá.
Hoje em dia, se o morto for um ‘figurão’, será velado em um clube de serviço como Maçonaria ou Lions Clube, mas, geralmente, esses espaços são cedidos apenas para associados. A liberação de salão de igrejas tanto católica quanto evangélica fica na dependência do ‘bom humor’ do padre ou do pastor e vários deles inventam desculpas esfarrapadas para não ceder o espaço para familiares e amigos se despedirem de um falecido.
Os cemitérios públicos não possuem o local adequado para se realizar um velório e o único cemitério particular existente em Marabá cede o salão apenas para quem adquiriu um ‘pedacinho de terra’ lá. “Pobre passa é longe”, como se diz na linguagem popular.
“Se o padre da Igreja da Velha Marabá passar a negar a cedência do espaço, como muitos estão fazendo, como nossos mortos serão velados?”. Esse problema está acontecendo também em outros bairros da cidade. Já está passando da hora do poder público adquirir áreas e construir locais com estrutura adequada para realização de velório dos mortos da Terra de Francisco Coelho.
Muitas famílias optam em velar o ente querido na própria residência, mas existem casos em que essa prática não é possível por diversos motivos. Se a igreja é um ponto de apoio espiritual e religioso para a comunidade, não se entende o motivo de alguns dirigentes se negarem a permitir que se vele um corpo nas dependências da casa de Deus. Vai entender uma cabeça dessa!
Fonte: Portal Debate Carajás
