EUA realiza primeira execução com gás nitrogênio

Autoridades do Alabama haviam dito que Smith deveria ficar inconsciente em menos de 1 minuto e que morreria pouco depois disso

O Estado do Alabama (EUA) executou na última quinta-feira, 25, um prisioneiro com o método de asfixia com nitrogênio. Esta foi a primeira vez que a técnica foi usada no país. As informações são do jornal The New York Times. Kenneth Eugene Smith, 58 anos, foi condenado por homicídio. A Suprema Corte dos EUA permitiu que a execução com a utilização do gás nitrogênio avançasse. Três dos 9 juízes do tribunal apresentaram objeção ao método, que não é testado, por haver preocupação de pudesse causar sofrimento ao preso.

Smith estava amarrado a uma maca com uma máscara na cabeça. A inalação do gás nitrogênio puro fez com que ele morresse por falta de oxigênio. A execução foi acompanhada por 5 jornalistas. Segundo o testemunho dos profissionais, citado pelo The New York Times, Smith aparentou estar consciente por vários minutos depois que o gás começou a fluir para a máscara. O prisioneiro começou a tremer, se contorcer e a respirar fundo por cerca de 2 minutos, até que desacelerou e foi declarado morto.

Autoridades do Alabama haviam dito que Smith deveria ficar inconsciente em menos de 1 minuto e que morreria pouco depois disso. John Q. Hamm, comissário do sistema penitenciário estadual, afirmou que a impressão dos agentes presentes na execução é que o prisioneiro estava tentando prender a respiração. Segundo ele, não ocorreu nenhum fato fora do que era esperado.

Smith foi condenado em 1996 por matar uma mulher em 1988. Segundo a acusação, o mandante foi o marido dela, um pastor que se suicidou logo depois do crime, mas duas pessoas foram condenadas pela execução do assassinato. Um foi executado pelo Estado do Alabama em 2010 e o outro, condenado à prisão perpétua, morreu em 2020, atrás das grades.

O método de asfixia com nitrogênio foi usado em substituição à tradicional injeção letal. Smith já havia sido condenado à pena de morte. Porém, em 2022, os agentes penitenciários não encontraram uma veia que pudesse servir como via intravenosa para injetar a substância letal. Depois de diversas tentativas, eles desistiram. (Com Roma News)

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