O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou as redes sociais, nesta quarta-feira (2), para ironizar a escolha do Curupira como mascote oficial da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. “Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda pra trás e pega fogo”, escreveu o parlamentar em sua conta no X (antigo Twitter).
A declaração gerou reação do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que respondeu de forma indireta. Sem mencionar o nome de Nikolas, Barbalho afirmou, também no X, que “quem anda pra trás é quem não reconhece a cultura e o folclore do nosso país”. O governador reforçou que o Curupira seguirá como símbolo do evento, destacando seu papel como “protetor das florestas”.
A escolha do personagem folclórico foi anunciada pelo Itamaraty e pelo governo federal como uma forma de valorizar a cultura brasileira e promover a mensagem de preservação ambiental. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou em comunicado que a proteção das florestas será uma das pautas centrais da conferência.
Presente na tradição oral de vários estados da Amazônia, o Curupira é retratado como um ser místico com cabelos vermelhos e pés virados para trás, que engana caçadores e protege a mata e os animais. A escolha do mascote pretende dialogar com o tema central da COP30 e reforçar o compromisso do Brasil com a defesa ambiental e os saberes tradicionais.