Escola Plínio Pinheiro retoma atividades com reforma inacabada em Marabá

Servidores estariam insatisfeitos com a ausência das adequações para funcionar uma escola de tempo integral e a forte presença da política partidária.
Acolhida aos estudantes - Crédito: Portal Debate Carajás

MARABÁ, NO SUDESTE DO PARÁ – Na manhã desta quarta-feira (15), uma programação especial, custeada com dinheiro dos professores, marcou a retomada Das atividades de estudantes e servidores, na Escola Estadual de Ensino Integral Plínio Pinheiro, localizada no Bairro Marabá Pioneira, de uma incompleta e polêmica reforma, pelo governo Helder Barbalho (MDB).

A reforma iniciada, no mês de maio de 2021, foi inaugurada, no dia 8 de dezembro, mas não agradou a contento a comunidade escolar, porque ficou inacabada. A Escola Plínio Pinheiro oferece a modalidade de Ensino Integral, porém a tão propagada reforma veio para uma Unidade de Ensino Médio Regular, fato que sempre deixou pais, estudantes e servidores indignados.

No período da revitalização das instalações, houve diversos embates entre comunidade escolar, Construtora Santa Tereza e Secretaria de Estado de Educação (Seduc) devido a baixa qualidade dos serviços realizados. Depois de muitas brigas, ao final da obra, a parte reformada apresentou uma qualidade muito boa, porém as almejadas “adequações” para uma escola de Ensino Integral não foram realizadas.

Secretária, Profª Elieth Braga – Crédito: Reprodução

O QUE FALTOU?

De acordo com a comunidade escolar, para funcionar uma Ensino Integral, faltou a construção de banheiros masculino e feminino (com chuveiro); salas de estar masculina e feminina; perfurar o poço artesiano; construção de refeitório; aparelhamento do laboratório multidisciplinar; terminar o laboratório de informática; construção da sala de dança; instalação de internet e sala de música.

No dia da inauguração da obra, ciente dos problemas, a Secretária de Estado de Educação, Profª Elieth de Fátima Braga, garantiu que as adequações para funcionar uma escola de tempo integral seriam realizadas em breve. A fala da gestora foi gravada pela comunidade escolar. Nos próximos dias, se a Seduc não cumprir o compromisso assumido, novos embates deverão voltar a acontecer, alertaram os servidores e alunos.

INTERFERÊNCIA POLÍTICO-PARTIDÁRIA

Desde o início de 2018, a comunidade da Escola Plínio Pinheiro vem sofrendo com interferências político-partidárias. As constantes trocas de diretor prejudica o cotidiano do colégio. Segundo os servidores, existem políticos ligados ao governo Helder Barbalho que “mandam e desmandam” na unidade escolar. Rola nos bastidores que o local virou moeda de troca política e isto é péssimo para o processo ensino-aprendizagem porque atrapalha a vida escolar de professores e alunos.

Comunidade escolar cobra ação do MP para barrar ingerências políticas na escola – Crédito: Reprodução

MINISTÉRIO PÚBLICO

Diante de deslavadas interferências políticas, com pressões e ameaças a servidores, seria de bom tom que o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) passasse a investigar essa ingerência política na Escola Plínio Pinheiro para que estudantes e servidores pudessem estudar e trabalhar em paz. Misturar educação com o mundo político nunca funcionou em lugar nenhum.

O Portal Debate Carajás acompanhou o processo de reforma da unidade escolar, desde o ano de 2018, quando passou a publicar as matérias, mostrando a queda do telhado; desabamento de paredes e forros e a falta de água potável para o consumo de alunos e servidores. As reportagens mostraram também a falta das adequações para funcionamento de uma escola de tempo integral, pois a unidade de ensino tinha sido transformada em escola de tempo integral.

No dia da inauguração da reforma, a secretária Profª Elieth Braga alegou falta de espaço para se fazer as adequações necessárias, mas qualquer mestre de obra, sem nenhuma formação acadêmica, sabe que a saída será a construção de mais um piso em um dos pavilhões, para abrigar as salas que estão faltando, logo essa desculpa não cola e a Seduc precisa cumprir o seu papel.

Na próxima reportagem, o Debate citará o nome dos políticos ligados ao governo Helder Barbalho que estão interferindo no dia a dia da Escola Plínio Pinheiro, pois o colégio não poderá ser usado como barganha político-partidária, em Marabá, porque essa mistura é maléfica para o processo educacional. (Portal Debate Carajás)

Escola Plínio Pinheiro – Crédito: Portal Debate Carajás

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