Um jovem, identificado como Ruan Silva Conceição, de 28 anos, foi brutalmente assassinado, em sua residência, na rua Presidente Médici, no bairro Brasília, em Altamira, no sudoeste do Pará. O crime aconteceu neste domingo de Páscoa, 12 de abril, por volta das 20 horas.
Segundo informações da Polícia Civil, que foi acionada para atender a ocorrência, Ruan estava em casa na companhia de dois amigos, quando foram surpreendidos por criminosos que invadiram a casa e efetuaram pelo menos 10 disparos de armas de fogo, que foram identificados pela Polícia como uma pistola ponto 40 e uma 380.
Ruan teria sido atingido entre quatro a sete vezes pelos disparos e morreu no local. Já um dos amigos que estava com ele também teria sido atingido, mas não corre risco de morte, e o outro conseguiu fugir sem ferimentos. Ainda de acordo com a Polícia, os celulares que estavam com as vítimas foram levados pelos bandidos.
Ruan era natural de Igarapé Açu, mas morava em Altamira já há alguns anos. Ele cursou engenharia na UEPA, campus Altamira, e atualmente fazia pós-graduação na UFPA, campus de Altamira. Trabalhava como engenheiro ambiental na Secretaria de Meio Ambiente do município. Além disso era ativista, professor, músico e judoca.
A sua morte gerou muita repercussão. Nas redes sociais conhecidos, colegas de trabalho e amigos lamentaram o ocorrido. O Movimento dos Atingidos por Barragens divulgou uma nota lamentando o assassinato no jovem e cobrando justiça.
“Teve a vida interrompida de modo brutal e covarde. Exigimos investigação para esse caso e a punição de todos os envolvidos. Clamamos pelo fim da violência que assola a cidade de Altamira e região no rastro de Belo Monte e continua custando tantas vidas entre a juventude”, estava escrito em parte da nota.
A Universidade Federal do Pará, onde Ruan cursava a pós-graduação, também divulgou uma nota de pesar nas redes sociais. Em um trecho dela, estava escrito. “A Faculdade de Geografia e o Programa de Pós-Graduação em Geografia estão de luto, não porque perdemos um ótimo aluno, mas porque perdemos tudo que você poderia ser, tudo que poderia ajudar, tudo que construiria”.
Até o momento ninguém foi preso, mas a Polícia Civil segue investigando o caso. O delegado responsável já adiantou que não há nenhuma ligação do jovem com o mundo do crime. Várias linhas de investigação estão sendo levantadas pela polícia, que não deve dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
A Voz do Xingu
