Empresário diz que não tem influência em Brasília e nega adesão à ata de Parauapebas

Proprietário da empresa Norte Ambiental afirmou que não possui nenhum contrato vigente com a Prefeitura de Parauapebas nem possui nenhuma influência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).
Foto: Divulgação

PARAUAPEBAS (PA) – Nós últimos dias, a turma do Prefeito Darci Lermen (MDB) anda tentando utilizar-se de todas as “tramoias corruptas” para fazer seu sucessor, vereador Rafael Ribeiro (MDB), pelos menos, se aproximar do pré-candidato Aurélio Goiano (PL), líder em todas as pesquisas de intenção de votos, na cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará, mas parece que a mais nova trapaça “não anda lá bem das pernas”.

De acordo com os bastidores da Prefeitura de Parauapebas (PMP), Darci e sua trupe estariam tramando mais um “jogo maquiavélico”, onde ele supostamente faria um contrato com a empresa Norte Ambiental Gestão e Serviços, pertencente ao empresário Cleiton Teodoro da Fonseca, através de uma ata de registro de preços de uma  empresa que venceu a licitação para prestação de serviços na área de coleta de lixo doméstico e locação de máquinas pesadas.

Como diz um amigo da Capital do Minério, “não existe almoço grátis em Parauapebas”, logo vamos entender a suposta tramoia para tentar impedir a vitória de Aurélio Goiano, na eleição do dia 6 de outubro de 2024. Diante de acusações e negações entre as partes, pero que si pero que no, parte da imprensa local (bem pequena por sinal) deu dicas valiosas para se avaliar as argumentações sobre o imbróglio em questão.

Esquema

Segundo as conversas que rolam nos corredores da política na “Capital do Minério”, a empresa Norte Ambiental passaria a coletar os resíduos não-perigosos e locaria dezenas de máquinas pesadas para a Prefeitura de Parauapebas, ganhando milhões, e tentaria ressuscitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, pasmem, até no Supremo Tribunal Federal (STF) o processo de cassação de Aurélio Goiano, vencido pelo líder das pesquisas por 3 votos x 0, no Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), no dia 11 de dezembro de 2023.

De acordo com a turma de Darci Lermen, que anda fazendo de tudo para não “largar o osso”, Cleiton Fonseca teria força política para interferir em decisões dos tribunais de Brasília, fazendo com que os magistrados procurassem “pelo em ovo” para supostamente tornar Aurélio Goiano inelegível e aumentar as chances de vitória do coitado Rafael Ribeiro. Os mesmos asseclas ainda asseguram que o secretário de Obras de Parauapebas (Semob), Natal Pereira da Silva, seria “pau mandado” de Darci e estaria colocando o plano mirabolante em ação, porém “as coisas não são bem assim”, pois se o empresário Cleiton “pisar na bola”, ele cometerá o crie abaixo:

Tráfico de influência

O Art. 332 do Decreto Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, traz a seguinte redação sobre o crime de tráfico de influência: “Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”.

Pena – Prisão de 2 a 5 anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.

Aurélio Goiano (PL) – Foto: Redes Sociais

O outro lado

A reportagem do Portal Debate, na tarde desta quinta-feira (7), conversou com o titular da Secretaria Municipal de Obras sobre a suposta relação contratual, via adesão a uma ata de registro de preços, entre a Semob e a empresa Norte Ambiental, Natal Silva foi categórico em afirmar que a suposta adesão à ata não existe nem a PMP possui vínculo com a Norte Ambiental. No entanto, o gestor não respondeu as demais perguntas feitas a ele pelo jornalista.

Norte Ambiental

Diversas perguntas foram enviadas ao empresário Cleiton Fonseca, por volta de 17h10, desta quinta-feira (7), sobre o suposto contrato a ser firmado entre a Secretaria de Obras e a empresa Norte Ambiental. O empresário, por volta de 17h40, ligou e afirmou que não possui nenhum contrato vigente com a Prefeitura de Parauapebas e desconhece a história de adesão a qualquer tipo de ata na Capital do Minério. Ele afirmou ainda que está montando uma unidade de sua empresa em Parauapebas, mas para concorrer a futuras licitações em qualquer cidade da Região de Carajás.

O construtor afirmou que o estacionamento de suas máquinas pesadas em um espaço público não está causando nenhum tipo de prejuízo ao erário público. Ao contrário, ao iniciar as operações, sua empresa vai gerar empregos em Parauapebas. Cleiton Fonseca esclareceu que não participou de nenhuma reunião para articular uma suposta inelegibilidade de Aurélio Goiano. “As pessoas falam o que convém a elas. Eu não tenho nada contra o Aurélio Goiano nem contra sua candidatura”, disse o empresário.

Cleiton Fonseca afirmou também que não possui nenhuma influência nos tribunais superiores em Brasília. A reportagem perguntou ao querelado sobre as circunstâncias de sua prisão, durante a “Operação Reditus”, ocorrida no dia 18 de agosto de 2021, deflagrada pela Polícia Federal (PF) que visava combater o desvio de recursos públicos na área da saúde por meio da contratação de Organizações Sociais (OS) para gestão de hospitais públicos do Pará.

Ele disse que foi preso em uma época de intenso ativismo judicial, mas foi solto e responde ao processo em liberdade. Cleiton afirmou que o “alvo” da “Operação Reditus” era Helder Barbalho (MDB), porém como o processo contra o governador foi extinto pela Justiça, ele aguarda ser inocentado, o mais breve possível, porque sua empresa não teria feito nada de errado.

Aurélio Goiano

O vereador Aurélio Goiano vem sofrendo ataques por todos os flancos da turma do governo Darci Lermen, mas sua “metralhadora giratória” sempre esteve com a alça de mira voltada para os desmandos da atual gestão da Capital do Minério. Na última pesquisa, o parlamentar manteve à frente da preferência do eleitor com com 36,8% da intenção de votos. Já o atual gestor está com 60,5% de rejeição da população da “Capital do Minério” e o seu pobre pupilo, Rafael Ribeiro, pontuou míseros 15,5% dos votos válidos.

Como dizia minha avó, Aurélio Goiano precisa andar com os “olhos esbugalhados” para não ver sua campanha engolida pela turma que governa Parauapebas, há 16 anos, e todos estão podres de rico às custas da população da Capital do Minério que tanto vem sofrendo nos últimos anos. Por outro lado, o Ministério Público (MPPA/MPF) precisa investigar a “fumaça” em torno desta ata e ficar de olho nas movimentações corruptas feitas por um governo que caminha a passos largos para a “lata de lixo” da história de Parauapebas. Estamos de olho!!! (Pedro Souza/Portal Debate)

Aurélio Goiano durante Sabatina no Canal Debate em Marabá | Foto: Vinícius Soares

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