MP Eleitoral defende a cassação de Benjamin Tasca em Itupiranga

Benjamin Tasca e “Professor Menezes” estão às voltas com o MPE e a Justiça Eleitoral, podendo ter o diploma cassado
O prefeito de Itupiranga, Benjamin Tasca | Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público Eleitoral (MPE), em suas alegações finais, pediu a cassação do diploma do prefeito Benjamin Tasca (PSD) e do vice-prefeito José da Aparecida Soares Menez, conhecido como “Professor Menezes” (MDB), por abuso de poder econômico nas eleições de 2020, em Itupiranga, no sudeste do Pará.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi protocolada pelo candidato Antônio Eider Gomes (PL) em 2020. A AIJE cita o uso da máquina pública pelo ex-prefeito José Milese (MDB) para beneficiar o então candidato Benjamin Tasca por meio da Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação (Semed).

Na época, faixas com as inscrições “A EDUCAÇÃO DE SÃO SEBASTIÃO É 55″ e “A EDUCAÇÃO É 55”, afixadas em prédios públicos, demonstraram o arrebanhamento de servidores públicos para a campanha eleitoral de Tasca. O processo envolve também o ex-prefeito José Milese e a secretária de Saúde Gilceleia Chaves de Castro, conforme parecer exarado pelo próprio MPE.

O destino de Benjamin Tasca e “Professor Menezes” está nas mãos da juíza Alessandra Rocha da Silva Souza. Baseado nas provas contidas nos autos, o Ministério Público pediu a inelegibilidade por 8 anos e a cassação do diploma do prefeito e vice de Itupiranga.

O Portal Debate Carajás ouviu dois advogados especialistas em direito eleitoral. Eles afirmaram que existem provas da prática de crime eleitoral nos autos, mas resta saber se a magistrada vai aplicar o princípio da insignificância do conjunto probatório para manter Benjamin no cargo ou se vai cassar o diploma da chapa vencedora das eleições em 2020.

Outro processo

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), no dia 10 de novembro de 2020, foi protocolada uma denúncia, acusando os candidatos Benjamin Tasca e “Professor Menezes” de estarem comprando votos com distribuição de cestas básicas, durante a eleição em Itupiranga.

A ação teria ocorrido por meio de Liberato Carvalho Filho, também denunciado, um dos coordenadores da campanha de Benjamin. Na Ação de Investigação, consta que as cestas básicas foram entregues na sede do Ministério Público em Itupiranga e repassadas para uma instituição de caridade ligada à Igreja Católica.

O empresário Jefferson Soares Dias, dono de um supermercado na cidade, e o oficial de Justiça Marco Antônio Braga Chaves estão sendo investigados pela distribuição das cestas básicas. Depois da apuração dos fatos, o MP pediu a ‘cassação do registro de candidatura’, ‘anulação de diplomação’, ‘multa’ e ‘suspensão de direitos políticos’ por 8 anos de Benjamin Tasca e “Professor Menezes”. (Portal Debate Carajás)

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