Ensino médio do Pará é o segundo pior do Brasil

Com 3,2 pontos, a péssima qualidade da educação do Pará encontra-se à frente apenas do Rio Grande do Norte. O quadro é triste, desanimador e sem perspectivas de melhora a curto prazo.
Foto: Reprodução

BRASÍLIA (DF) – O vergonhoso troféu de notas mais baixas do país no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do ensino médio, infelizmente, pertence ao Estado do Pará e Rio Grande do Norte. Com 3,2 pontos, a maior economia da Região Norte não consegue subir no termômetro da educação nacional, e não apenas isso: não se vê “luz no fim do túnel” porque o modelo de gestão da Secretaria Executiva de Educação (Seduc), entra governo e sai governo, nunca muda nem existem os investimentos necessários.

Na prática, em disciplinas como matemática e português, os alunos paraenses são menos competitivos em relação aos de outras Unidades da Federação em vestibulares e seletivos. O IDEB tem como parâmetro a nota que os estudantes obtiveram no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A pontuação do ensino médio no Pará só não foi mais baixa porque, por sorte, a nota total leva em conta o desempenho tanto de estudantes de escolas públicas quanto privadas.

Caso fosse considerado exclusivamente o desempenho dos alunos da rede estadual, o IDEB seria ainda pior: nota 3,0. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Pará só não é o “lanterninha”, mas o “vice” pior colocado, porque encontra-se à frente do Rio Grande do Norte, cujo IDEB para o ensino médio da rede pública estadual foi 2,8, logo o pior do Brasil.

Os estados com o mais alto índice educacional na rede pública são o Paraná (4,6), Goiás (4,5) e o esquadrão formado por Ceará, Pernambuco, Espírito Santo e São Paulo (4,4). Estes números mostram o quanto o Pará precisa mudar sua política educacional equivocada.

Escolas particulares

Segundo os dados do INEP, na rede particular, o IDEB paraense alcançou a média 5,4. Numa tradução livre, esse dado implica que um estudante do ensino médio da rede privada tem, teoricamente, 80% de condições mais favoráveis de se dar bem em um exame qualquer em relação ao seu concorrente que cursa o ensino médio na rede estadual. É uma discrepância avassaladora e abissal.

Como “alegria de pobre dura pouco”, nem de longe o aluno da rede particular do Pará é o “maioral”. À frente dele estão os estudantes de Minas Gerais, onde o IDEB da rede privada marca 6,3. O trio formado por Piauí, São Paulo e Distrito Federal vem na sequência com nota 6,2. No geral, somando públicas e particulares, o Paraná lidera o IDEB do ensino médio do país, com 4,9 pontos, seguido de São Paulo (4,7), Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal (4,5). O que é pior, não se vislumbra um horizonte promissor à vista. (Portal Debate, com Blog Zé Dudu)

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