Diminuição na venda de peixes leva cidade a distribuir 1,5 tonelada para população no Pará

Síndrome de Haff vem provocando queda no consumo de peixes.
Crédito: Reprodução

A crise provocada pelo baixo consumo incidiu sobre os profissionais envolvidos no ramo de pesca e venda de peixes. Para mostrar que comer peixe é seguro, piscicultores e peixeiros distribuíram 1.500 quilos de peixe assado na brasa à população, com direito à farofa, no estacionamento do Lago Verde, em Paragominas, sudeste do do Pará. Neste domingo (19).

Diante da existência de casos da Síndrome de Haff, a chamada “doença da urina preta”, a ação buscou contestar o receio da população sobre o consumo de pescado. O Pará não possui nenhum caso confirmado, mas a Secretaria de Saúde investiga sete casos suspeitos.

“O comércio do peixe começou a viver uma crise sem precedentes, muito mais pela desinformação e pelas chamadas ‘fake news’ que abastecem atualmente as redes sociais”, critica o presidente da Associação dos Piscicultores de Paragominas, Maurício Brandão. “Vale lembrar que todos os critérios de segurança alimentar são monitorados na criação desse pescado e nunca foi encontrado esse tipo de contaminação em cativeiro”, conclui.

Entende-se o temor da população em abster-se desse alimento tão rico em proteína, vitaminas e minerais, com alta proporção de gorduras saudáveis e que é fonte de ômega 3. A final de contas, a prevenção se torna mais prática que a medicação. Mas, assim como afirmou o presidente da Associação dos piscicultores, é preciso estar atento a informação repassada sem análise de fatos ou as chamadas “fake news”.

“Todo o peixe consumido por meio da piscicultura é livre dessa contaminação e que a vigilância sanitária do município está atenta à maneira que o peixe é oferecido em mercados e feiras da cidade”. A Prefeitura apoia essa ação e incentiva o consumo saudável de pescado”, afirma o secretário de Saúde de Paragominas, Marinaldo Ferreira.

Marcos Braso, engenheiro de Pesca, doutor em Ciência Animal, professor da Universidade Federal do Pará, explica que peixes criados em açudes são seguros para consumo. “Neste ambiente, há controle da entrada e da saída de água, da qualidade da água de uso e da alimentação, fatores que nos permitem afirmar que este pescado é seguro para consumo. Não há registro de casos de doença da urina preta no Brasil ligados a peixes advindos de cativeiro”, reforça o cientista, presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca dos Estados do Pará e Amapá. (Portal Debate Carajás, com G1/Pará)

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