Desaparecimento de Flávia completa uma semana e buscas pela tatuadora continuam em Marabá

Município já registrou 20 desaparecimentos este ano, segundo dados do Disque Denúncia Sudeste do Pará. Tatuadora sumiu na manhã da última segunda-feira (15), após passar a madrugada com uma prima e amigos. Familiares e amigos mantêm esperanças de encontrá-la com vida
Tatuadora Flávia Alves Bezerra está desaparecida há 7 dias | Foto: Reprodução/Portal Debate

MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — Completou, na manhã desta segunda-feira (22), uma semana que a tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 26 anos, está desaparecida, após sair com uma prima e um grupo de amigos em Marabá, no sudeste do Pará. O desaparecimento vem gerando ampla repercussão na cidade, e as buscas seguem em ritmo intenso com o envolvimento de familiares, amigos, bombeiros e páginas de notícias. Até cão farejador e drone vêm sendo usados nos esforços para tentar localizar Flávia.

Segundo relatos contidos no boletim de ocorrência policial, que foi registrado pelo irmão da desaparecida, Fernando Alves Bezerra, Flávia saiu na companhia de uma prima chamada Fernanda para um bar na Cidade Nova, na noite do dia 14 de abril. Depois, Flávia e Fernanda dirigiram-se a outro bar na Folha 32, onde Flávia foi vista pela última vez por volta das 6h do dia 15 de abril, quando Fernanda a deixou no local. Flávia teria expressado o desejo de permanecer com os amigos, incluindo outro tatuador, que é considerado o principal suspeito do desaparecimento.

Desde então, não há informações sobre o paradeiro de Flávia. Mensagens enviadas a ela não obtiveram resposta, e todas as chamadas telefônicas vão diretamente para a caixa postal. A mãe de Flávia, Paula Carneiro, vem registrando em vídeos, publicados em suas redes sociais, toda a angústia que está suportando neste momento delicado.

Localização do e-mail de Flávia foi recuperada pelo irmão dela | Foto: Reprodução

Na sexta-feira (19), em posse de informações coletadas a partir do rastreio do celular de Flávia, a partir de sua conta Gmail/Google, as equipes de busca se deslocaram para duas áreas apontadas pelo sistema de geolocalização: Km 8 da BR-230 (Transamazônica), sentido Marabá-Itupiranga, e Parque Ambiental Vavazão (Bairro Independência, Cidade Nova), às margens do Rio Itacaiunas.

Neste último endereço, ocorreu uma coletiva de imprensa tendo como porta-voz o irmão Fernando Alves, que relatou a canais de TV e rádio e portais de notícias da cidade a preocupação com o desenrolar do caso e a ausência de respostas das autoridades de segurança pública do Estado.

Fernando Alves, irmão da tatuadora Flávia Alves | Foto: Vinícius Soares

Apesar dos dados de localização do e-mail, não foi possível encontrar nenhum sinal da tatuadora nos locais apontados pela ferramenta, o que se confirmou no sábado (20), quando as equipes de busca mobilizaram até um cão farejador, do conhecido adestrador Paulo Rossy, para procurar Flávia em regiões de mata.

No domingo (21), as equipes se concentraram em uma região de mata na Nova Marabá, que também consta da localização emitida pelo celular de Flávia na manhã de 15 de abril e onde uma câmera de videomonitoramento registrou a passagem do carro do principal suspeito do caso. Na ocasião, usaram um drone para sobrevoar a extensa área, em busca de pistas sobre a tatuadora. Nada foi encontrado. As buscas seguem nesta segunda-feira (22).

Aumenta número de desaparecidos na região

Segundo dados do Centro de Segurança Integrada (CSI) – Disque Denúncia Sudeste do Pará, neste ano, 20 pessoas já foram reportadas como desaparecidas no município de Marabá, com apenas três delas sendo localizadas até o momento. Nas estatísticas da região sudeste paraense, o programa do CSI registrou 55 desaparecimentos, incluindo 26 mulheres e 29 homens.

Embora 14 pessoas já tenham sido encontradas, permanece a incerteza sobre o paradeiro das demais. Parauapebas destaca-se como o município com o maior número de desaparecidos, representando 42% do total, com 23 cartazes informativos solicitados ao órgão.

Joelma Aquino, do Disque Denúncia, aponta que o baixo número de localizações ocorre porque algumas famílias não retornam à delegacia para informar quando as pessoas desaparecidas são encontradas, o que dificulta a atualização dos registros.

Foto: Divulgação

Ajude

Qualquer informação que possa contribuir para localizar Flávia Alves Bezerra, bem como outras pessoas desaparecidas, pode ser repassada ao Disque Denúncia Sudeste do Pará, pelo número (94) 3312-3350, ou pelo 181. O anonimato do denunciante é garantido. (Portal Debate)

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