O anúncio do Curupira como mascote oficial da COP30, que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, gerou polêmica nas redes sociais após o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizar a escolha. Em uma publicação, o parlamentar debochou do personagem do folclore amazônico ao afirmar: “Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda pra trás e pega fogo.” A declaração repercutiu negativamente entre influenciadores e ativistas do Pará, que saíram em defesa do Curupira e da importância cultural do mascote.
Diversos criadores de conteúdo paraenses rebateram o comentário do deputado, ressaltando o valor simbólico do Curupira como protetor da floresta e ícone da cultura amazônica. A influenciadora Isis Vieira destacou: “Enquanto alguns debocham, a gente protege. O Curupira é um guardião da floresta e um símbolo do que temos de mais valioso: nossa cultura e nossos recursos naturais.” Já o influenciador Nando Oliveira respondeu em tom regional e descontraído: “Égua, ‘rapá’, te acostuma que só Belém poderia ser a sede da COP30.”
A escolha do Curupira pela organização da COP30 visa justamente valorizar o folclore brasileiro e sensibilizar o público sobre a importância da proteção ambiental, conectando a conferência global com elementos culturais da Amazônia. Tradicionalmente descrito com cabelos em chamas e pés virados para trás, o Curupira simboliza a resistência da floresta contra caçadores e exploradores ilegais.
A reação crítica do deputado, por outro lado, foi interpretada por muitos como um desconhecimento do significado cultural do personagem e uma tentativa de minimizar a relevância simbólica do mascote para o evento. Em contrapartida, a defesa do Curupira por influenciadores e artistas locais reforçou o orgulho regional e a importância de se valorizar a cultura amazônica em um evento de alcance mundial.
A COP30 ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 e reunirá chefes de Estado, ambientalistas, cientistas e representantes da sociedade civil de diversos países, colocando Belém no centro do debate global sobre as mudanças climáticas. Para o Pará, o evento representa não apenas uma oportunidade de discutir a proteção ambiental, mas também de reafirmar sua identidade cultural e a importância da Amazônia no cenário internacional. (Com o Fato)