MARABÁ (PA) – Nos últimos dias, uma postagem feita pelo prefeito eleito Delegado Toni Cunha (PL), em uma rede social (Facebook), vem “deixando de cabelo em pé” alguns empresários e/ou “puxa-sacos”, conhecidos como “moscas do poder”, pois na mistura do idioma português e espanhol eles são adeptos da frase: “Entra gobierno, sai gobierno, eu sou gobierno”, na cidade de Marabá, no sudeste do Pará. LEIA:
“Nem tomei posse, mas tenho recebido muitos pedidos de visitas de empresários. Será sempre muito bom quando a visita for de cortesia, referente a inovações tecnológicas, ideias e/ou outro assunto que não se refira a pedidos de contratos, pois tais pedidos são de impossível deliberação. Há mecanismos legais para contratação que não dependem da vontade do prefeito, se agir legalmente.
Portanto, para que não percamos tempo, informo a empresários que já contratam com o poder público e o assunto for relativo a atuais e/ou possíveis contratos futuros, registro que não os receberei.
As futuras contratações em Marabá, no governo sob meu comando, serão, verdadeiramente, por livre concorrência. Quem quiser participar de licitações que o faça, não é preciso conversar antes com o prefeito. Quem vencer pelo preço justo e realizar o serviço ou fornecer o produto com qualidade será pago e ponto final. Nem mais, nem menos”. O recado explícito na publicação de Toni Cunha visa a um “alvo” específico, os empresários de sempre em Marabá, porém envia um “apito de cachorro” para os famosos “lambe-botas” da cidade.
De acordo com o pôster, o prefeito eleito se refere aos mesmos empresários das mais diversas áreas ou bajuladores que, durante décadas, tentaram grudar ou grudaram no futuro gestor, como um “carrapato”, pendurando-se na veia jugular do agente público. No meio político, essa turma recebe o epíteto de “moscas do poder”. Aquelas pessoas que fazem de tudo para “mamar” nas tetas do novo governo, tentando “encurtar o caminho” para vencer uma licitação como sempre o fizeram.
Já os chamados puxa-sacos são aquelas pessoas que estão sempre buscando alcançar resultados por meio da bajulação, elogiando os chefes, fazendo trabalhos desnecessários, e, de maneira geral, fingindo quaisquer comportamentos que elas pensam que irão agradar os superiores, mas o problema da maioria desta turma é que essas pessoas nem sempre são verdadeiras e basta um descuido para se apropriarem de maneira indevida do dinheiro público.
Não vejo na postagem do Delegado Toni Cunha nenhum tipo de afronta ao empresário que concorre à eleição de maneira honesta e dentro das regras da Lei nº 14.133/2021, conhecida como Nova Lei de Licitações e Contratos (NLLC), que transformou os processos de compras no setor público no Brasil. Parodiando o conhecido ditado popular, “Quem não deve, não treme”, o trecho a seguir expressa bem o pensamento do gestor eleito: “Quem vencer pelo preço justo e realizar o serviço ou fornecer o produto com qualidade será pago e ponto final. Nem mais, nem menos”.
Uma coisa é certa, a publicação nas redes sociais agradou bastante ao povo de Marabá. Nos bastidores, há quem diga que esta turma anda “tremendo nas bases” e se esquivando de fazer uma proposta que caracterize qualquer tipo de vantagem indevida, em outras palavras, a famosa “propina”, porque o camarada estará lidando com um prefeito conhecido como Delegado Toni Cunha licenciado da Polícia Federal (PF).”Quem avisa, amigo é”. (Portal Debate)