Delegado confirma indícios de fraude no concurso da prefeitura de Parauapebas

No domingo (26), uma candidata foi presa durante aplicação da prova após ser flagrada com ponto eletrônico e um rádio transmissor de sinal.
Crédito: Reprodução

Na manhã de domingo (26), uma candidata, identificada como Raimunda Arruda de Lima, foi presa em flagrante durante a aplicação da prova do concurso público da prefeitura de Parauapebas para o cargo de auxiliar administrativo. O caso tem gerado repercussão.

Em entrevista cedida na manhã de segunda-feira (27), o delegado Gabriel Henrique Alves Costa, responsável pela investigação do caso, foi categórico ao afirmar que a mulher mentiu em depoimento. Ele estava no plantão da delegacia, quando Raimunda Lima foi apresentada pela Polícia Militar com um ponto eletrônico, por onde ela estava recebendo as respostas do gabarito da prova.

De acordo com o delegado, com a divulgação do gabarito oficial foi possível constatar que as respostas marcadas na prova da mulher condiz com o resultado final.

Em depoimento, segundo a autoridade policial, Raimunda Lima teria dito que desceu de uma van na Praça dos Esportes Radicais e de lá pegou um mototáxi até o local onde fez a prova no Bairro União. Conforme a suspeita, o mototaxista, que ela nunca tinha visto, teria oferecido o ponto eletrônico por um valor que seria pago após a realização da prova.

A versão da mulher não convenceu o delegado, haja vista que ela disse não ter pegado nenhum contato dele, nem mesmo anotado a placa da moto para o acerto financeiro criminoso.

O inquérito aberto está investigando a participação de outras pessoas, numa possível formação de quadrilha, já que pessoas de fora tinha acesso ao gabarito antes das 9h30, horário que a mulher foi flagrada com o ponto eletrônico e um rádio transmissor de sinal.

Diante dos indícios de fraude, o delegado afirmou que vai investigar todas as pessoas que estudaram no mesmo curso preparatório que a suspeita estava na Palmares II, para averiguar se mais alguém também utilizou ponto eletrônico para fazer a prova.

Raimunda Lima, mesmo presa em flagrante, pagou fiança de cinco salários mínimos e foi liberada para responder o processo por fraude em concurso público em liberdade.

O delegado Gabriel Henrique também foi incisivo ao afirmar que o mais justo é que a prova para o cargo de auxiliar administrativo seja suspensa, já que não há como garantir que as pessoas que realmente estudaram tenham o direito de serem aprovados.

Em nota emitida no domingo (26), a Fadesp reafirmou que mesmo diante da “tentativa” de fraude, o certame segue sem alterações em seu cronograma. (As informações são do Portal Chocopeba)

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