Justiça torna réus sete jogadores por esquema de apostas

Nino Paraíba foi aliciado pela quadrilha que manipulava resultados, mas fez acordo de delação premiada com o MP-GO

A Justiça acatou na quinta-feira (27) a terceira denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra jogadores envolvidos em um esquema de manipulação de resultados de partidas de futebol. Sete jogadores, incluindo o atacante do Coritiba, Alef Manga, se tornaram réus nesse caso. O MP-GO obteve a denúncia após colher depoimentos de jogadores que aceitaram um acordo de “delação premiada” e denunciaram a prática ilegal.

O acordo de “delação premiada” foi firmado com cinco jogadores, entre eles o lateral-direito do Paysandu, Nino Paraíba, que admitiram terem recebido propinas de apostadores para manipularem o resultado de partidas do Campeonato Brasileiro. Após confessarem sua participação no esquema, esses jogadores foram isentos de acusações criminais. No entanto, as informações fornecidas em seus depoimentos foram cruciais para a investigação, que busca identificar outros envolvidos no esquema de manipulação.

Nino Paraíba

Foram denunciados os seguintes atletas: Alef Mangueira Severino Pereira, conhecido como Alef Manga, do Coritiba; Adailson Freire Pereira da Silva, o meia Dadá Belmonte, do América-MG; Igor Aquino da Silva, o Igor Cariús, do Sport; Jesus Emiliano Trindade Flores, ex-jogador do Coritiba; Pedro Henrique Azevedo Pereira, o Pedrinho, ex-Athletico; Sidcley Ferreira Pereira, ex-Cuiabá, e Thonny Anderson da Silva Carvalho, ex-Coritiba. Os quatro últimos estão atualmente sem clube.

Segundo as investigações do MP-GO, os jogadores recebiam pagamentos para receberem cartões amarelos ou vermelhos durante as partidas do Campeonato Brasileiro. Sabendo previamente que essas ações ocorreriam, a quadrilha de apostadores investigada fazia apostas em casas de apostas, lucrando com as advertências recebidas pelos jogadores. Em uma das operações, estima-se que o grupo tenha recebido R$ 720 mil.

Todos os réus responderão pelos crimes tipificados nos artigos 198 e 199 da Lei Geral do Esporte, que se referem à oferta e ao recebimento de vantagem patrimonial pela prática de manipulação de resultados em competições esportivas.

O jogador Nino Paraíba forneceu detalhes em seu depoimento ao MP-GO sobre três jogos em que recebeu pagamentos para receber cartões amarelos. Essas partidas envolviam os times Cuiabá e Ceará, Flamengo e Ceará, e Ceará e São Paulo, todos válidos pelo Campeonato Brasileiro de 2022. Além de sua colaboração no acordo de “delação premiada”, Nino foi obrigado a pagar uma multa no valor de R$ 160 mil, que será destinada ao Conselho Comunitário de Segurança e Defesa Social do Município de Goiânia. (Portal Debate, com O Liberal)

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