O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Pará (Gaeco/MPPA) cumpriu nesta terça-feira (14) mandados de busca e apreensão nas casas de Darci Lermen, prefeito de Parauapebas, e de Gilberto Laranjeiras, secretário municipal de Saúde. Os dois são investigados em um processo relacionado à aquisição de respiradores, que custaram R$ 2,6 milhões, com suspeita de uma série de irregularidades, no município de Parauapebas, sudeste do Pará.
O objetivo da operação do Gaeco/MPPA era a apreensão de documentos relacionados aos respiradores adquiridos pela Secretária de Saúde (Semsa) de Parauapebas, no início da pandemia do novo coronavírus. Os agentes também fizeram buscas na Prefeitura Municipal, na Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento (Semsa) e no Hospital Geral de Parauapebas (HGP).
Além de Darci e Gilberto, há outros acusados na ação, como o secretário especial de Governo Keniston de Jesus Rego Braga, o secretário-adjunto de Saúde Paulo de Tarso Vilarinhos e Cristiane Silva dos Santos, Fabiana de Souza Nascimento, Jocylene Lemos Gomes, Moisés Alves de Oliveira Neto, Wagner Isaac Júnior e Fábio Granieri de Oliveira.
Também há empresas envolvidas no processo, como Maxima Distribuidora de Medicamentos Ltda – EPP, Auramedi Farmacêutica Ltda – ME e Ultramed Distribuidora de Medicamentos Eireli.
De acordo com o Ministério Público, em 2020 houve a dispensa de licitação para a aquisição de respiradores, necessários à UTI da ala de covid-19 do Hospital Geral de Parauapebas, e destacou que esta foi marcada por uma sequência de fraudes.
A denúncia desencadeou uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa em 2020, alegando alta de preços e compras de equipamentos não utilizados para o tratamento do coronavírus. Os dois processos de 2020 e 2021 foram adicionados.
Prefeitura se posiciona
A Prefeitura de Parauapebas emitiu nota, após ação do MP, afirmando que equipamentos usados pela área da saúde durante a pandemia, adquiridos pela gestão municipal, “estão sendo devidamente utilizados no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades de Saúde”. Segundo o Município, os respiradores “obedecem especificações técnicas para atender os pacientes com complicações da covid-19”. (Portal Debate Carajás)
