O Decreto Municipal nº 02/2021, publicado ontem (26), pela Prefeitura Municipal de Itupiranga, no sudeste do Pará, endurece as normas para o funcionamento do comércio não essencial, bloqueia o acesso a Orla da cidade, estabelece toque de recolher e fecha tudo aos domingos, na tentativa de se conter o avanço da covid-19, com o objetivo de amortizar o número de óbitos e infectados.
As medidas tornam obrigatório o uso de máscara e legaliza a aplicação de multas. Com exceção de farmácias, postos de combustíveis e venda de gás, o comércio passará a funcionar de 8 às 18 horas. Já sábado, a partir de 14h, e no domingo, fecha tudo. Até os ambulantes estão proibidos de saírem às ruas. Os supermercados, feiras, lanchonetes, espetinhos e camelôs não poderão funcionar em Itupiranga, nos finais de semana.
O toque de recolher está ocorrendo entre às 21 e 5 horas da manhã. As igrejas podem funcionar, mas só com 50% da capacidade de lotação. Bares, casas noturnas, piscinas e afins estão fechados. As academias podem funcionar com 50% da capacidade. As ‘peladas’ de futebol estão autorizadas. Ficou proibida a entrada de qualquer ambulante em Itupiranga, inclusive o comércio em carros.
“Bico seco”
O Decreto proíbe, EM LETRAS GARRAFAIS, a venda de bebida alcoólica em todo os segmentos comerciais e em qualquer horário. Nem na modalidade delivery a ‘birita’ poderá ser adquirida pelo ‘papudinho’. Som automotivo, som ao vivo, uso de caixa de som, banhos em praias, igarapés ou similares entraram na caneta do prefeito Benjamin Tasca (PSD). O documento recomenda ainda que as pessoas permaneçam em casa durante o período de 26/4/2021 a 2/5/2021, data da vigência do Decreto.
O último Boletim Covid-19, publicado na sexta-feira (23), pela Prefeitura Municipal, mostrou que o município está com 63 pacientes em tratamento domiciliar; 23 doentes internados; 38 exames em análise e 47 óbitos. Esses números são bastante elevados para uma cidade de um pouco mais de 51 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017. (Texto: Pedro Souza/Portal Debate Carajás)
