Corretora de imóveis ficou dois dias em um presídio após participar de manifestação no Pará

O domingo do dia 31 de maio poderia ser mais final de semana de descanso, mas tornou-se um verdadeiro pesadelo na vida da corretora de imóveis Francy Pereira, 42 anos. A paraense foi presa após participar de uma manifestação pacífica contra o Governo do Estado.

O grupo do qual Francy fazia parte iria fazer um buzinaço e seguiriam para casa depois. Porém, foi abordado por órgãos da segurança pública na Avenida Presidente Vargas, em Nazaré, e informados de que seriam encaminhados para delegacia. Todos os manifestantes foram liberados, menos a corretora.

“Eu disse que não ia para delegacia, porque estava reivindicando meu direito e não estava fazendo nada de errado, mas os guardas falaram que não, por causa do descumprimento do decreto do isolamento”. Segundo relato, Francy alegou que não estava gerando tumulto e nem aglomeração, mas que aceitou ir para a delegacia.

Quando ela se encaminhava para o distrito policial, um dos policiais disse que ela iria fugir e jogou a moto para bloquear a passagem. “Com a freada busca, para não atingir o policial, o carro acabou batendo na moto. Daí, a polícia alegou que eu havia depredado o patrimônio público. Quando cheguei à delegacia, o delegado me deu voz de prisão e disse que eu só sairia se pagasse 15 salários mínimos”.

Após a alegação de que ela não teria como arcar com o valor, o delegado baixou a fiança para dez salários mínimos. “Eu disse, então, que seria presa, porque eu não tinha como pagar”, relata.

De acordo com Francy, a conduziram para um presídio, onde permaneceu presa durante dois dias. “Foi uma injustiça muito grande, pois eu estava democraticamente lutando pelos meus direitos e direitos da nação, porque quando um patriota sai para reivindicar, ele está lutando por todos querendo um Estado melhor, um Brasil melhor”, conta Francy.

Segundo a corretora, foram dois dias tensos que não sairão da sua memória. “Isso foi horrível, fiquei com 24 presas. Traficantes, homicidas e assaltantes de banco, jamais imaginaria que me enviassem para um presídio. Me senti um lixo naquele lugar”.

No vídeo, o deputado federal Eder Mauro declarou: “o governador Helder Barbalho, de forma autoritária, mandou prender uma cidadã de bem, mulher e brasileira. Eu jamais compactuaria com uma atitude dessa. Por isso, afirmo que estou de prontidão em defesa do meu estado e do meu país, ao lado de pessoas de bem e de valores corretos de vida”.

Confira:

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