Cooperativa indígena exporta castanha-do-pará para a Europa

A coleta do produto, realizada de forma tradicional, gera renda para as famílias, ao mesmo tempo em que preserva castanhais nativos presentes em mais de 9 milhões de hectares
(Foto: COOBA'Y/Divulgação)

Cerca de 600 famílias da etnia Kayapó, totalizando quase 3 mil indígenas, foram diretamente impactadas pela exportação de 6 toneladas de castanha-do-pará para um comprador no Reino Unido, realizada pela COOBA’Y, cooperativa Kayapó de produtos florestais.

A coleta do produto, realizada de forma tradicional, gera renda para as famílias, ao mesmo tempo em que preserva castanhais nativos presentes em mais de 9 milhões de hectares de floresta tropical, distribuídos em três territórios indígenas.

Todos os trâmites de preparação para a exportação do lançamento da castanha do Brasil PI’Y, como a inclusão da habilitação no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros.(RADAR) da Receita Federal, a obtenção do cadastro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mesmo a área de Desenvolvimento de Negócios Comunitários e a adesão junto à World Fair Trade Organization (WFTO), foram realizados pela Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus), que atuou como assessor comercial.

O objetivo era auxiliar a COOBA’Y a diversificar a comercialização de produtos gerados a partir de práticas sustentáveis, com recursos da biodiversidade brasileira, e em benefício da promoção e manutenção das práticas e saberes dos povos tradicionais.

Em atuação desde 2011, a COOBA’Y superou dois desafios com a exportação de castanhas para a empresa Hodmedod’s British Pulses, Grains & Seeds. Além de alcançar mercados internacionais por meio de novos canais de comercialização, também mostrou que preservar a floresta em pé pode ser sinônimo de exportação de produtos sustentáveis e geração de renda para os povos tradicionais. (Portal Debate, com Ascom Conexsus)

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