Conheça a origem da comemoração do Dia do Fotógrafo no Brasil

No mundo, o dia da fotografia é comemorado em 19 de agosto. Já no Brasil, a chegada do equipamento, conhecido como “daguerreótipo”, encomendado pelo Imperador D. Pedro II, celebra o Dia do Fotógrafo.
Josseli Carvalho, o "Paparazzo" - Crédito: Reprodução

Neste domingo (8), comemora-se o “Dia do Fotógrafo” no Brasil. A data teve origem nesse mesmo dia, no ano de 1840, quando a primeira câmera fotográfica chegou ao país. O equipamento, conhecido como “daguerreótipo”, foi encomendado pelo Imperador D. Pedro II.

A primeira câmera fotográfica foi inventada por Louis Jacques Mandé Daguérre e apresentada ao mundo em 19 de agosto de 1839, na Academia de Ciências da França, em Paris. O Dia Mundial da Fotografia é celebrado em 19 de agosto em homenagem à invenção de Louis Daguérre.

De acordo com a história, foi o abade Louis Compte que trouxe a invenção de Daguérre para o Brasil e apresentou ao Imperador D. Pedro II que, aliás, ficou com o título de primeiro fotógrafo do Brasil. Na época, a máquina fotográfica passou a ser uma ferramenta indispensável aos grandes momentos da aristocracia.

O fotógrafo é o profissional com olhar atento, que capta os pequenos detalhes e faz com que muitos momentos fiquem eternizados em uma fotografia. Embora tenham surgido as câmeras filmadoras de alta resolução e os aparelhos celulares com as câmeras fotográficas cada vez mais modernas, o fotógrafo não teve seu espaço de trabalho extinguido na sociedade.

Marabá

A história de Marabá e sua gente foi eternizada por fotógrafos como “Seu Malaquias”, Miguel Pereira, Regina Suriane, Jordão Nunes, Magno Deleon, entre tantos outros famosos ou anônimos profissionais da fotografia que registraram e continuam registrando os momentos dignos de serem clicados por uma máquina fotográfica na Terra de Francisco Coelho.

“Paparazzo”

Na cidade de Marabá, hoje em dia, nenhum fotógrafo consegue ser mais intenso em seu trabalho do que Josseli Carvalho de Araújo, o conhecido “Paparazzo”. Onde estiver ocorrendo uma festa, cavalgada, trilha, corrida de bicicleta, corridas de rua, carnaval, jogos de futebol, acidentes, homicídios, brigas, inaugurações de espaços públicos, eleições, entre outros eventos, o “Paparazzo” estará presente com sua máquina fotográfica “faça chuva ou faça sol”.

Fotógrafo, há 12 anos, e funcionário do Grupo Correio, nenhum outro fotógrafo soube aliar a fotografia ao surgimento do celular e as redes sociais como o “Paparazzo”. O advento da internet empurrou muitos profissionais para o ostracismo, mas não foi o caso de Josseli Carvalho. Ao contrário, ele se reinventou, pois a noite marabaense ganhou um fotógrafo permanente.

O folclórico “Paparazzo” se tornou um ícone da fotografia em Marabá. “O momento que mais me satisfaz na profissão, é quando os casais se abraçam e se beijam para serem fotografados por mim. Já o momento que mais me entristece é ‘clicar’ o corpo de um jovem que perdeu a vida para o mundo do crime, pois ele poderia ter escolhido outro caminho”, relatou Josseli Carvalho.

Durante um “bate papo” com o Portal Debate, na noite deste sábado (7), “Paparazzo” narrou que cobriu eventos em quase todas as cidades do sudeste do Pará. De acordo com ele, a fotografia surgiu em sua vida por curiosidade e por influência de sua mãe. Durante seu trabalho como mototaxista, usando uma pequena máquina de sua mãe, ele passou a registrar os acidentes e homicídios.

“Depois de tomar gosto pela coisa”, “Paparazzo” passou a fornecer as fotografias para o antigo jornal Correio do Tocantins. Com o tempo, ele foi se aperfeiçoando e teve a carteira de trabalho assinada como repórter  fotográfico pela primeira vez pelo proprietário Mascarenhas Carvalho. Seu jeito pacato, educado e brincalhão transformou o “Paparazzo” em uma das pessoas mais conhecidas de Marabá. (Pedro Souza/Portal Debate)

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