Após o Círio Fluvial, uma das romarias mais aguardadas pela comunidade católica de Marabá, e a peregrinação pelas ruas do bairro Francisco Coelho, na Marabá Pioneira, finalmente chegou a hora de conhecer o manto que vestirá a imagem peregrina na principal procissão do 43º Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá. A berlinda chegou ao palco da Praça Duque de Caxias por volta das 20h e já era aguardada por milhares de fiéis.
A Missa da Troca de Manto revelou um dos segredos mais bem guardados da festa, o layout do manto lançado a cada ano e só apresentado no sábado que antecede o último dia de programações oficiais. “O manto é um dos símbolos mais fortes que o Círio de Nazaré carrega. Este ano, ele foi inspirado na partilha do pão e na palavra de Jesus na presença do Espírito Santo. É a junção de vários elementos que formam essa mensagem de fé”, destacou dom Vital Corbellini, bispo de diocesano.
Este ano, o Círio tem como tema central “Ó Maria, ajudai-nos a partilhar a Palavra e o Pão”, que remete à Campanha da Fraternidade 2023. Elaborado pelo artesão e diretor de Decoração do Círio de Marabá, Francisco Taveira, o manto traz nesta 43ª edição o seguinte descritivo:
“Quantas vezes bela sois Maria, porque forte o primeiro sacrário vivo de Deus, trazemos na beleza do teu manto, o teu filho Jesus representado no pão e no vinho. Ele que se fez Pão para que cada filho teu pudesse se alimentar na mesa da Eucaristia, o pão que é consagrado na mesa santa e se torna corpo vivo de Deus.
A palavra nos diz. Em verdade em verdade vos digo: “se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne é bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu ressuscitarei no último dia.
Este é o pão que desceu do céu. Aquele que comer este pão viverá para sempre”, disse Jesus partilhando a palavra.
Maria, ajudai-nos a partilhar a palavra e o pão que é o próprio Cristo concebido por ti pela ação do espírito santo, ele mesmo nos deu como palavra e alimento para que tenhamos vida eterna.
Os trigos, em dourado, representam o fruto do trabalho humano, a colheita do pão de cada dia, o sustento da família; fechando as duas partes do manto, o broche do cordeiro, representando o sacrifico de Cristo, imolado para redimir os pecados dos homens”. (Com Ascom Círio)
