Centenas de manifestantes pedem impeachment de Bolsonaro em Marabá

O protesto no município denunciou a omissão em políticas de combate à pandemia de covid-19, a ausência de um auxílio emergencial e os cortes de verbas na Educação. O uso de máscaras foi massivo. Não houve registro de incidentes
Coordenado por entidades de esquerda, o ato aconteceu com palavras de ordem contrárias ao governo e pelo impeachment de Bolsonaro, além de faixas e placas pedindo por mais vacinas contra covid-19 | Foto: Portal Debate Carajás

A manifestação democrática contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi intensa e reuniu centenas de pessoas na manhã deste sábado (29) em Marabá, no sudeste do Pará. O uso de máscaras foi massivo. Não houve registro de incidentes. A Polícia Militar e o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) acompanharam o ato.

Os manifestantes pediram o impeachment de Bolsonaro e a ampliação das doses de vacinas. O protesto no município denunciou a omissão em políticas de combate à pandemia de covid-19, a ausência de um auxílio emergencial e os cortes de verbas na Educação.

A concentração começou às 8h no Carajás Centro de Convenções e Eventos, na BR-222. De lá, os manifestantes seguiram em carreata pelas folhas 29, 28, 27 e 32 da Nova Marabá e BR-230. O ponto de encerramento foi a passarela com ponto de ônibus do Bairro Amapá, Núcleo Cidade Nova.

Parcela esmagadora dos motoristas que trafegavam pelo local no momento do protesto buzinou em apoio às pautas defendidas pelos presentes.

A manifestação ocorreu no momento de maior fragilidade política de Bolsonaro, amplamente criticado por sua condução da pandemia e pela deterioração da economia brasileira. Segundo a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, de 11 e 12 de maio, a aprovação do presidente atingiu o patamar mais baixo de seu mandato.

Coordenado por entidades de esquerda, o ato aconteceu com palavras de ordem contrárias ao governo e pelo impeachment de Bolsonaro, além de faixas e placas pedindo por mais vacinas contra covid-19, pelo fim dos cortes de verbas na Educação e pelo fim da fome, que se agravou com a pandemia. O mote era “Vacina no braço e comida no prato”.

Manifestação contra políticas de Bolsonaro em Brasília, capital federal | Foto: Sérgio Lima/Poder360

Outros lugares

Em Belém, capital do estado, a Praça da República foi o palco da concentração por volta das 8h. Participantes levaram faixas e cartazes. Por volta das 10h, eles iniciaram uma caminhada que percorreu as avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Magalhães Barata até o Mercado de São Brás. As ruas ficaram totalmente bloqueadas.

Em Brasília (DF), milhares de pessoas se reuniram e realizaram uma caminhada do Museu Nacional, descendo pela Esplanada dos Ministérios, seguindo para o Congresso. Todas as seis faixas ficaram ocupadas. Alguns manifestantes fizeram uma carreata, que foi da Praça do Cruzeiro até a Rodoviária de Brasília.

Em São Paulo (SP), os manifestantes se reuniram no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. A organização do movimento na capital paulista inflou um boneco de Bolsonaro com alusões à cloroquina, medicamento sem comprovação científica para tratamento da covid-19 que é defendido pelo presidente.

No Rio de Janeiro (RJ), milhares de pessoas atravessaram a Avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense. Um boneco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi inflado. Placas e faixas contrárias a Bolsonaro também marcaram o ato. A caminhada foi encerrada pouco depois das 13h.

No último domingo (23), o Rio de Janeiro foi palco da “motociata” de Bolsonaro, que contou com a participação de políticos e apoiadores do governo. Neste sábado, as pistas centrais e a lateral da Presidente Vargas, no sentido Candelária, ficaram interditadas para o tráfego.

Em Recife (PE), o ato que acontecia pacificamente foi reprimido pela Polícia Militar com uso de gás lacrimogênio e balas de borracha. Vídeos postados nas redes sociais mostram os manifestantes sendo dispersados.

A vereadora Liana Cirne (PT) foi atingida por um jato spray de pimenta disparado por policiais militares na Avenida Dantas Barreto, na região central de Recife. O momento em que Liana é atingida e cai ao chão foi registrado em vídeo e rapidamente se espalhou nas redes sociais.

Em Belo Horizonte (MG), manifestantes que lideraram a caminhada pelo centro da cidade, na região da Praça da Liberdade, com faixas com os dizeres “nem tiro, nem cadeia, nem covid, nem fome. Fora genocida”.

Também houve protestos fora do Brasil registrados em Londres, na Inglaterra, e em Berlim, na Alemanha. (Vinícius Soares/Debate Carajás)

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