Durante este mês, a Secretaria de Saúde de Marabá (SMS) promove no município a campanha nacional “Setembro Amarelo” de prevenção ao suicídio e cuidados com a saúde mental.
A campanha surgiu em 1994, nos Estados Unidos, após o suicídio do jovem Mike Emme, de 17 anos. Ele possuía um carro amarelo e, no velório, os pais entregaram cartões com fitas amarelas contendo mensagens para pessoas que poderiam estar enfrentando problemas de saúde mental.
Em 2015, a campanha chegou ao Brasil e foi encampada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Em Marabá, a programação da campanha acontecerá em Unidades Básicas de Saúde e escolas da rede municipal, além de lugares que possam apresentar demandas, sempre com palestras a respeito do tema e visando ao público-alvo de cada local.
Nas Unidades Básicas de Saúde, a programação inicia na UBS Carlos Barreto, em Morada Nova, dia 8; Mariana Moraes, no KM 7, dia 15; Emerson Caselli, bairro Liberdade, dia 22; e Demósthenes Azevedo, na Marabá Pioneira, no dia 29. A programação iniciará sempre às 10h.
Já nas escolas, a roda de conversas será dia 13, no Colégio Militar Rio Tocantins (antigo CAIC), na Folha 13; Escola Plínio Pinheiro, na Marabá Pioneira, no dia 15. Ambas voltadas para o ensino médio. Nos dias 19, 23 e 27 de setembro, será nas escolas Geraldo Veloso, Belo Horizonte; Pedro Peres, Morada Nova; e São Félix, no núcleo de mesmo nome, respectivamente. As últimas três voltadas para os alunos do 8º e 9º ano.
A programação também acontecerá na Vila Santa Fé, na zona rural, no dia 7 de setembro, e no SESI, no dia 9 de setembro, às 9h e 15h.
“A campanha vem para esclarecer dúvidas que as pessoas tenham acerca dessa situação e fazer com que realmente as pessoas se percebam e procurem ajuda”, explica a Coordenadora de Saúde Mental da SMS, Gisele Freitas.
É importante destacar que nem toda pessoa que tem depressão ou outro transtorno que afeta a saúde mental pensa em fazer mal a si mesmo. Além disso, quando as pessoas recorrem a esses subterfúgios têm em mente apenas fugir do sofrimento.
“Na maioria das vezes, a pessoa não quer morrer. Ela quer acabar com aquele sofrimento que ela está tendo e não sabe como acabar com aquilo. A morte acaba sendo a única solução para ela. Mas muita das vezes, ela realmente não quer morrer, ela quer só acabar com o sofrimento”, explica Gisele Freitas.
O foco da campanha é fazer com que as pessoas tenham consciência de que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física e que ambas estão interligadas.
“A saúde mental a gente tem que pensar assim também. A gente tem que trabalhar a nossa saúde mental para que a gente não venha a adoecer. Então, medidas de prevenção: você ter um tempo de lazer, fazer alguma coisa que você goste, uma atividade física, tocar um instrumento musical, passear com a família. Isso é interessante porque às vezes a pessoa só trabalha e não faz nada do que ela gosta e aquilo acaba sendo um martírio na vida dela; acaba sendo um sofrimento tão intendo que pode chegar à depressão e ao suicídio”, reitera a coordenadora.
Entre outros cuidados com a saúde mental estão aumentar o contato com familiares e amigos, buscar e seguir o tratamento adequado para a doença mental, se envolver em atividades religiosas ou espirituais, reduzir ou evitar o consumo de álcool e outras drogas e a prática de hobbies.
Vários são os fatores que podem desencadear uma doença mental como a depressão. Por isso, é importante a busca por ajuda profissional. Em Marabá, a porta de entrada para os serviços voltados para esse fim são as Unidades Básicas de Saúde que atuam nos casos considerados leves.
Os casos moderados são encaminhados para o Ambulatório de Saúde Mental que funciona junto à Ala Psicossocial do Hospital Municipal. Já os casos considerados graves, severos e persistentes são encaminhados para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Os casos em que as pessoas apresentam surtos psicóticos são encaminhados para o Pronto Socorro (HMM) e Ala Psicossocial. Tanto o Caps quanto a Ala Psicossocial funcionam todos os dias.
A rede também conta com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) também podem realizar encaminhamentos quando necessário.
A rede de apoio à saúde mental do município conta com profissionais de psicologia, terapia ocupacional, assistência social, educação física, enfermagem, medicina e psiquiatria.
Serviço
- Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188
- Em caso de emergência, acionar o SAMU – 192
