Bolsonarismo precisa voltar a temer as leis e respeitar as autoridades no Brasil

Bolsonaristas radicais impuseram uma espécie de “lavagem cerebral”, nos instintos mais obscuros e idiotas da extrema direita, e alçaram o acéfalo e corrupto Jair Bolsonaro ao patamar de “mito”. Um sujeito desprovido de um mínimo de capacidade para governar uma nação plural como o Brasil.
Foto: Reprodução

MARABÁ (PA) – Nos últimos 4 anos, a extrema direita, ancorada no bolsonarismo radical, promoveu um show de ataques às instituições democráticas, estimulou o desrespeito e agressões a qualquer autoridade que ousasse a se contrapor a imposição dos chamados “valores conservadores”, trucidou a intitulada “velha política”, passou a taxar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de pilantras, safados e bandidos, estimulou ataques aos coitados dos professores e defendeu a extinção das minorias, como o público LGBTDIA+, entre outras barbáries, no Brasil.

O bolsonarismo radical fez uma espécie de “lavagem cerebral” nos instintos mais obscuros e idiotas da extrema direita e alçou o acéfalo e corrupto Jair Bolsonaro ao patamar de “mito”. Um sujeito desprovido de um mínimo de capacidade para governar uma nação plural como o Brasil. No ano de 2014, setores da extrema direita, encabeçados pelo movimento “Vem Pra Rua”, em São Paulo, se apossou do “Movimento Passe Livre (MPL)”, liderados por jovens inexperientes na política que lutavam contra o combalido e cansado “Jeito PT de Dilma Rousseff” de governar o país.

Na esteira da antipolítica, surgiu a Operação Lava Jato, comandada por uma turma de procuradores, liderados pelo conservador radical e ex-deputado cassado, Deltan Dallagnol, e pelo polêmico e incompetente senador e ex-juiz Sérgio Moro, a chamada “República de Curitiba”, onde foram praticados os mais diversos crimes contra centenas de corruptos como prisão ilegal, extorsão, tortura e proteção a canalhas em troca do dinheiro podre da corrupção.

Esses malfeitores fizeram de tudo para ferrar quem ousasse questionar o chamado “método Lava Jato” de investigação, onde a Constituição Federal (CF) foi jogada na lata do lixo. Até ministros da Suprema Corte foram investigados sem que o “bando de Curitiba” tivesse autoridade para realizar investigação de ministros do STF. Depois de pavimentar o caminho para a política e estimular ataques às autoridades, Dallagnol e Moro “caíram fora”, porém Deltan já perdeu o mandato e, “pelo andar da carruagem”, nos próximos meses, Sérgio Moro deverá parar na “lata do lixo da história”.

Hoje em dia, depois da “Operação Vaza Jato”, onde foi jogado luz sobre os crimes cometidos em nome do combate a corrupção, esse arautos da moralidade passaram a ser chamados de integrantes da “Quadrilha de Curitiba”. Foi neste cenário caótico que o bolsonarismo virou um câncer no Brasil, pois encontrou guarida nos empresários gananciosos, políticos radicais e conservadores, caminhoneiros, evangélicos de araque, parte das Forças Armadas, nichos da polícia militar e no mau agronegócio, cada setor querendo “puxar a sardinha para seu prato”.

Nas redes sociais, criou-se uma “máquina de moer reputação”, liderada pela família Bolsonaro e seus asseclas mais radicais que quase implodiu a democracia no Brasil e recrutou milhares de malucos como o “unabomber” paraense, George Washington. O filósofo italiano Umberto Eco já dizia: “As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade”. Já no Brasil, esses “zumbis ideológicos” chegaram a matar diversas pessoas ao longo do  processo eleitoral de 2022.

Foi a falta de regulamentação das redes sociais que criou personagens nefastas que atacaram a democracia, as autoridades e pessoas comuns. Indivíduos como o Pastor Silas Malafaia, militante Sara Giromini, o blogueiro Allan dos Santos, Pastor André Valadão, o maluco Roberto Jefferson, deputado “Zé Trovão”, deputada Carla Zambelli, vereador Carlos Bolsonaro, deputado Otoni de Paula, deputada Bia Kicis, Pastor Edir Macedo, general Heleno, coronel Mauro Cid, coronel Lawand, deputado Gustavo Gayer, Grupo Jovem Pan, deputado Nikolas Ferreira, diversos padres, entre outros anônimos e famosos, estimularam esses elementos a desrespeitarem as pessoas, autoridades, leis e instituições no Brasil, onde passou a imperar o fascismo.

Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Durante o exercício de seu esdrúxulo e ridículo mandato, Jair Bolsonaro atacou, sem trégua, a imprensa e agrediu de maneira covarde os professores, acusando-os de serem “doutrinadores comunistas” e defensores de uma tal de “ideologia de gênero” que só existe na cabeça de malucos defensores de um golpe militar, porque tenho 25 anos de sala de aula e nunca vi nenhum educador ensinando essas baboseiras a seus alunos. Todas essas lambanças culminaram em uma fracassada tentativa de golpe militar e destruição dos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, por terroristas bolsonaristas, por causa da derrota de Bolsonaro.

Não estou defendendo o Partido dos Trabalhadores (PT) nem o Presidente Lula, porque de “santo” eles não tem nada. No entanto, os ataques às instituições democráticas, a negação das leis, as agressões às autoridades diminuíram bastante e o ambiente no país está mais calmo. Com a prisão do ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, suspeito de falsificar cartões de vacinação da Covid-19, a cassação dos direitos políticos de Jair Bolsonaro, os mais de mil elementos indiciados e presos no Presídio da Papuda, em Brasília, e a suspensão dos direitos políticos do “mito” pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Justiça começou a voltar a “dar as cartas”.

No auge do bolsonarismo, os puxa-sacos do ex-capitão atacavam as pessoas e autoridades em restaurantes, viagens de avião, academias de ginástica, caminhadas, resort, praias, entre outros locais públicos ou privados. O país passou a conviver com as ameaças e agressões de bolsonaristas radicais em nome de uma pauta conservadora. A “régua” que passou a medir as relações sociais foi imposta por um ex-presidente que roubou joias, incentivou os brasileiros a não tomarem a vacina contra a Covid-19 e adquiriu mais de 50 imóveis comprados com “dinheiro vivo”, ou seja, um corrupto de carteirinha, mas que virou “mito” na cabeça de uma meia dúzia de malucos.

“Como o preço das loucuras cometidas pela manhã, o indivíduo paga à tarde”, o Poder Judiciário, o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério Público Federal (MPF), embora possua suas políticas e conchavos, estão “jogando água na fervura” do bolsonarismo radical. Nos próximos meses, Jair Bolsonaro deverá sentar no banco dos réus pelo seu comportamento genocida durante a pandemia da Covid-19. Hoje, “sozinho”, o ex-presidente corre um sério risco de ir se “hospedar” no Complexo da Papuda por determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF), o popular “Xandão”.

Só com a prisão do “mito” e a aprovação do Projeto de L ei Nº 2.630/2020, conhecido como “Lei das Fake New”, os bolsonaristas radicais entenderão que não existe espaço para um fascismo autoritário no país e que nenhum indivíduo poderá estar acima da lei. Afinal, só um “doido de se juntar com um rodo” para virar seguidor fanático de um cara que foi expulso do Exército Brasileiro (EB) e fugiu do Brasil antes de terminar seu mandato, porque estava planejando um fracassado golpe militar.

Como diz o ditado popular: “A Justiça tarda, mas não falha” e não adianta choramingar, dizendo que é vítima de perseguição política , porque “não cola”. O bolsonarismo precisa voltar a temer as leis e respeitar as autoridades no Brasil. (Pedro Souza)

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