Bebê nasce em saco amniótico e fica ‘sem respirar’ por 2 minutos

O rompimento do saco amniótico, também conhecido como bolsa, é um dos principais sinais que a mãe está entrando em trabalho de parto. No entanto, nem sempre isso acontece e o bebê nasce envolto pela membrana, que o mantém imerso no líquido amniótico. É o que aconteceu com uma criança em Fuzhou, no leste da China. As informações são da Revista Crescer.

Após uma cesárea, o bebê, de 2,5 kg, nasceu envolto por seu saco amniótico e ficou por mais de dois minutos sem respirar pelo nariz até os médicos retirarem a criança da membrana protetora. A mãe, de 36 anos, ficou grávida após um tratamento de fertilização in vitro. Há algumas semanas antes do parto, ela começou a reclamar de dor abdominal e sangramento vaginal.

O parto empelicado pode ser feito intencionalmente pelo médico, apesar de ser uma situação rara. Segundo o obstetra Pan Mian, esse método foi necessário, porque o bebê estava mal posicionado e teve complicações no cordão umbilical. “Nós optamos por esse procedimento, porque os bebês prematuros são mais fracos. Quando a criança nasce envolta pela membrana protetora, é possível reduzir a perda de umidade da pele e evita o decontrole de temperatura”, diz o médico ao Asia Wire.

Parto empelicado: preciso ficar preocupada?

Os médicos ainda não sabem explicar porque esse tipo de parto ocorre, mas o parto empelicado não traz nenhum risco, nem para a mãe nem para o filho. Muito pelo contrário, tanto a bolsa quanto o líquido amniótico protegem o bebê das contrações muito fortes do útero, diminuindo os riscos de traumas por meio do canal vaginal.

Os partos empelicados podem ocorrer também durante cesáreas e são desejados pelos médicos quando a mãe tem alguma doença infecciosa, como HIV, pois o saco amniótico impede o contato direto do bebê com o sangue materno.

No entanto, para o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Albert Einstein, é preciso ficar atento para não deixar o bebê por muito tempo envolto pelo saco amniótico fora do útero. Segundo o especialista, enquanto a criança está presa ao cordão umbilical, que faz a comunicação entre a placenta e o feto, ela tem acesso aos nutrientes e ao oxigênio.

Porém, no momento em que a bolsa sai para fora, a placenta entra em um processo de dequitação — momento em que ela se solta da parede do útero. Dessa forma, a troca de oxigênio e nutrientes com o bebê cessa.

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