Banpará: Cliente tem quase R$ 14 mil furtados de conta bancária em Marabá

O roubo ocorre via Aplicativo do Banpará. Na manhã de terça-feira (6), a Polícia Civil, por meio da Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais por Meios Cibernéticos, sediada em Belém, deflagrou a operação “Fake Centralis”. Os policiais civis prenderam 3 homens, 2 mulheres e realizou 6 buscas e apreensões domiciliares.
Agência Nova Marabá - Foto: Portal Debate

MARABÁ (PA) – No dia 8 de agosto de 2022, um hacker acessou a conta bancária do correntista Pedro Ribeiro de Souza, no Banco do Estado do Pará (Banpará), via Aplicativo do Banpará, fez uma transação bancária, conhecida como “empréstimo sazonal”, no valor de R$ 6.634,02.

Na mesma data, utilizando um aparelho celular, o ladrão conseguiu fazer um Pix no valor de R$ 6.500,oo para uma conta bancária em nome de “Guilherme da Silva Ribeiro”. De acordo com Pedro Souza, o furto só foi detectado no dia 6 de outubro de 2022. Nesta data, o governo do Estado do Pará realizou o pagamento da 1ª parcela do 13º salário e o Banpará descontou R$ 3.530,57.

No dia 18 de outubro de 2022, a vítima detectou o furto e procurou a agência bancária. No local, Pedro Souza foi orientado a registrar um boletim de ocorrência para o Banpará analisar a transação bancária. De posse do BO, segundo a gerente da agência do Núcleo Nova Marabá, Adenilde Reis, o banco teria até 45 dias para devolver os R$ 3.530,57 descontados do cliente e realizar o bloqueio da 2ª parcela no mesmo valor.

Durante 49 dias, o Banpará não deu nenhum retorno ao cliente sobre o problema e ainda descontou, nesta quarta-feira (7), mais R$ 2.338,54, ficando o cliente , devendo mais uma parcela de 1.191,46 ao Banpará que será descontado no próximo depósito a ser realizado na conta bancária invadida. A vítima se dirigiu ao banco, no final da manhã desta quarta-feira (7), porém Adenilde Reis entrou em contato com o setor de análise de fraudes bancárias, em Belém, mas ela foi informada de que o processo continua em análise e sem data prevista para ser finalizado.

No total, a vítima teve um prejuízo de R$ 13.560,57 provocado por um aplicativo que permite todo tipo de invasão de hacker, porém o Banpará não sana o problema e prefere “furtar” o dinheiro do correntista, utilizando-se do mesmo modus operandi dos estelionatários, ou seja, invadindo as contas bancárias para bloquear o dinheiro que não pertence ao banco estatal.

Prisões

Na manhã de terça-feira (6), a Polícia Civil, por meio da Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais por Meios Cibernéticos, sediada em Belém, deflagrou a operação “Fake Centralis”, cujo objetivo foi realizar prisões temporárias e buscas e apreensões domiciliares decorrentes do delito de furto mediante fraude eletrônica e associação criminosa nas agências bancárias do Banpará de Marabá.

A operação “Fake Centralis” capturou 3 homens, 2 mulheres e realizou 6 buscas e apreensões domiciliares. Os presos na operação tinham envolvimento com o recebimento de quantias provenientes do crime de furto mediante fraude eletrônica. De acordo com o Delegado Vinícius Cardoso, Superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, todos os presos moram em Marabá e praticaram os furtos nas agências do Banpará em Marabá. A quadrilha está custodiada no Centro de Triagem Masculina de Marabá (CTMM).

Nos últimos meses, o Portal Debate recebeu diversas reclamações de clientes que tiveram vultuosas quantias furtadas de contas no Banpará de Marabá. A operação “Fake Centralis” comprova a bagunça e a fragilidade em que se encontra o Banco do Estado do Pará na Terra de Francisco Coelho. Está passando da hora do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) investigar o motivo que leva o banco a não trocar ou modernizar o “Aplicativo Banpará” que tanto permite furtos nas contas bancárias de servidores públicos estaduais. “Estamos de olho!”. (Portal Debate)

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