SÃO JOÃO DO ARAGUAIA (PA) – No mundo da política, “Quem cochila, o cachimbo cai da boca”. Na manhã desta quinta-feira (15), a Prefeita Marcellanne Cristina (PDT) “comeu mosca” e viu o seu rival, vereador Augusto Neto (PDT), ser reeleito Presidente da Câmara Municipal de São João do Araguaia (CMSJA), no sudeste do Pará.
Nas eleições de 2020, Augusto Neto foi eleito para presidência da Casa de Leis com o apoio de Marcellanne Cristina, mas os dois se desentenderam e o edil passou a fazer oposição à gestora de São João. A chapa vencedora foi composta por Augusto Neto (PDT); 1º Secretário: Jhemerson (Cidadania) e 2º Secretário: Fox (Republicano) por 5 x 4 votos, pois só existem 9 vereadores na CMSJA.
De acordo com os bastidores, durante a composição das chapas “rolou de tudo”. De traição a Prefeita Marcellanne a supostos contratos fantasmas em Parauapebas, entre outras tramoias, típicas da política conhecida como “toma lá, dá cá”. Neste “rolo” todo, diz-se que o atual vereador de Parauapebas, conhecido como Braz (PDT), eleito deputado estadual, nas eleições de 2 de outubro de 2022, virou o jogo a favor do presidente reeleito.
A vitória de Augusto Neto “colou” a pecha de traidor no vereador Fox, pois ele fazia parte da base de apoio de Marcellanne Cristina, porém, na terça-feira (13), “misteriosamente”, o político teria avisado que decidira “mudar de lado” por questões pessoais. Como em política nada fica escondido, descobriu-se que a remuneração de agente de trânsito de Fox em Parauapebas dobrou o valor, conforme os extratos que circulam nas redes sociais.
O episódio serviu como um alerta para Marcellanne Cristina. A gestora necessita negociar com os vereadores para recompor a sua base de apoio, pois, em ano eleitoral, ter o Presidente da Câmara de São João como adversário, vai causar sérios problemas para a gestora. Só o apoio popular não basta, pois Augusto Neto poderá acatar pedido de impeachment somente para desgastá-la perante o eleitor ou até mesmo cassar o mandato de sua desafeta política.
Nos corredores da política, existe a percepção de que a máquina pública de Parauapebas decidiu a eleição na Câmara Municipal de São João do Araguaia. Como o prefeito da “Capital do Minério”, Darci Lermen (MDB), foi afastado por 90 dias devido ao excesso de servidores contratados, ficaria de bom tamanho, se o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) desse uma “espiadinha” nestes supostos contratos fantasmas para verificar se eles realmente existem ou é “papo de perdedor” nas redes sociais. (Portal Debate)
