Aranhas gigantes assustam em cidade no Brasil

O aracnídeo tem o tamanho de uma mão aberta de um adulto | Foto: Reprodução/Facebook

Já imaginou acordar um dia e se deparar com um animal gigante na parede da sua casa, de forma que nem jornal ou chinelo dá jeito na situação? E se o bicho em questão fossem aranhas gigantes donas de uma picada muito dolorosa?

Esse “pepino aracnídeo” caiu nas mãos de alguns moradores do bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Integrante do gênero phoneutria, mais conhecido como “aranha armadeira”, o bicho do tamanho da mão aberta de um adulto foi visto em, pelo menos, quatro residências nos últimos dias.

“Elas vão parar dentro das nossas casas à medida em que avançamos para o habitat delas. Com a expansão urbana, os condomínios sendo construídos e ambientes naturais. Os invasores somos nós”, avalia Adalberto Santos, aracnólogo do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

Não é preciso pânico

Especialistas explicaram que, apesar da “visitante” ser peçonhenta e ter uma picada dolorosa, a orientação é manter a calma e prender a aranha dentro de um recipiente, de preferência com o auxílio de um objeto de cabo longo, como uma vassoura macia. Depois, soltar o animal no mato. Para o caso de infestação de aracnídeos, a recomendação é que o Centro de Controle de Zoonoses da capital, ou uma empresa de dedetização, seja acionado.

Para o professor, a armadeira tornou-se comum nos ambientes urbanos e se aconchega em locais com entulhos. A presença delas dentro das casas pode indicar que algum terreno foi abandonado e, posteriormente, queimado sem controle, o que afugentou os aracnídeos.

“Por mais repulsa que essas aranhas nos causem, devemos lembrar que elas são componentes importantes da biodiversidade e nos trazem benefícios. Por exemplo: controlar a população de baratas, já que são predadoras naturais de insetos. Não estou dizendo que é para criar uma aranha de estimação dentro de casa – até porque elas são perigosas. Mas, não matá-las, quando possível, é a melhor atitude. Nós dividimos esse mundo com outros animais. O espaço é deles também”, avalia Adalberto. (DOL)

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