Após trafegar pela contramão, jovem é morto com tiro nas costas pela polícia

Um jovem, identificado como Sharley Sales Mendes Fermin Junior, 18 anos, foi morto por um cabo da Polícia Militar do Amazonas, na madrugada deste domingo (28), vítima de arma de fogo, no momento que trafegava pela contramão em uma rua de Jutaí, município distante 749 quilômetros em linha reta de Manaus.

O rapaz trafegava de moto, na contramão, quando o PM corre em sua direção e efetua disparos. Um deles atingiu as costas da vítima que veio a óbito no local, segundo familiares.

Um primo de Sharley Mendes, que preferiu não se identificar, por medo de represálias, disse que o jovem estava retornando de uma praça, de madrugada, e por não ter intenso movimento de veículos no horário decidiu encurtar caminho pela contramão. Foi então que o PM surgiu correndo e efetuou os disparos contra a vítima.

“Esse PM não é daqui. Ele estava há quatro dias, veio de reforço de Tefé. Todo mundo conhecia ele [a vítima], era um trabalhador”, disse, acrescentando ainda que o PM não prestou socorro à vítima.

Um parente do jovem, por meio de sua conta no Facebook, pediu justiça pelo que afirma ter sido um crime. “Peço justiça aos criminosos causadores desta dor. E que nossa família não aceite isso como uma fatalidade causada por um irresponsável que, por usar uma farda, não soube resolver com preparo, evitando essa tragédia, ceifando covardemente a vida de um jovem com um futuro próspero pela frente”, destacou.

Polícia Militar se manifesta

O Comando Geral da Polícia Militar informa que o fato envolvendo um cabo da PM suspeito de efetuar disparos contra um homem será apurado pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD), que abrirá um procedimento administrativo. O militar foi ouvido pela Polícia Civil do município, já foi afastado de suas funções, responderá Inquérito Policial Militar (IPM) e será transferido da unidade policial a que está subordinado.

A Polícia Militar ressalta que não compactua com abusos e excessos que contrariem a lei e a ordem, prezando sempre pelo bem comum, com o dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos, e que todos os elementos apresentados durante o processo investigatório serão apurados da forma transparente que o caso requer.

A Crítica

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