Anatel premia soluções para acabar com ‘TV Boxes’ ilegais

A maratona de desenvolvedores começou no sábado (28), com 24 participantes divididos em cinco equipes. Uma cerimônia premiou as três equipes mais bem avaliadas pela banca julgadora

O primeiro Hachathon TV Box, realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com a Comunidade Hackathon Brasil, encerrou na noite deste domingo (29), na cidade de São Paulo, com a escolha das três melhores soluções tecnológicas para o bloqueio de TV Boxes irregulares.

A maratona de desenvolvedores começou no sábado (28), com 24 participantes divididos em cinco equipes. Uma cerimônia premiou as três equipes mais bem avaliadas pela banca julgadora:

  • O grupo que ficou em primeiro lugar, composto* por Juarez J., Aline A., Henrique A., Eduarda L., Daniel S. e Theo W., levou R$ 7 mil;
  • O segundo, formado por Thiago H., João R., Atara R., Pedro M. e Gabriel E., ficou com R$ 3 mil;
  • E o terceiro, com Lauri J., Luiz B., Alan S. e Guilherme R., ganhou R$ 2 mil.
  • (*Por uma questão de sigilo, os nomes completos dos vencedores não foram divulgados.)

As equipes participantes montaram apresentações de até cinco minutos, com considerações sobre suas propostas. Foram avaliados os seguintes aspectos: potencial de impacto, aderência ao desafio, inovação da solução e apresentação da solução.

Participaram do evento profissionais com conhecimento ou experiência em redes de computadores, infraestrutura e hardware, protocolos de rede, análise de logs de rede, debug de aplicações, Android (sistema operacional) e Pentest (teste que analisa o grau de segurança em sistemas operacionais).

Segundo a Anatel, as TV Boxes legais “são dispositivos IP que utilizam protocolo de Internet e possuem um sistema operacional capaz de permitir o acesso a aplicativos de programação multimídia (também conhecidos como streaming) fornecidos por geradoras de conteúdo, tanto de programações pagas quanto gratuitas, e em conformidade com a Lei de Direitos Autorais, além de permitir o acesso a navegadores e redes sociais”.

As ilegais são aquelas não homologadas pela Anatel.

“Ao adquirir um TV box é importante que o consumidor verifique se o equipamento possui a marca da Anatel e o número do Certificado de Homologação correspondente ao modelo do produto. Outra maneira de identificar se um TV box é irregular é verificar se o anúncio do produto informa que ele permite acesso livre e irrestrito (sem autenticação) a uma grande quantidade de canais, jogos ao vivo e outros programas. Esse é um grande indicativo de que o aparelho é um TV box irregular (não homologado), mesmo que ele contenha algum selo ou código de homologação, pois, nesses casos, pode ser falsificado”, informa a agência, que tem em seu portal uma lista de TV boxes homologadas.

Para Richard Tordoya, CEO da Comunidade Hackathon Brasil, o evento “cumpriu com êxito seu principal objetivo: chamar a atenção para um tema de extrema relevância para a sociedade. Durante o evento, destacamos a importância de conscientizar a população sobre os perigos de adquirir e utilizar TV BOX não homologados pela Anatel”.

“Ao adquirir um dispositivo sem a devida homologação, os consumidores podem estar introduzindo em suas casas verdadeiros ‘espiões digitais’. Esses aparelhos podem comprometer a segurança digital, expondo dados pessoais e informações bancárias a cibercriminosos. Os prejuízos podem ser amplos, variando desde perdas financeiras até graves violações de privacidade”, completou.

“Com o mundo cada vez mais conectado, diversas soluções tecnológicas de IoT [internet das coisas, em português] têm surgido e é crescente a possibilidade de novas aplicações. Neste contexto, torna-se ainda mais necessária a preocupação com a segurança dos dispositivos e da conectividade de uma rede”, disse a organização do evento.

“Dispositivos de telecomunicação não certificados e homologados pela Anatel representam riscos para os consumidores e para a infraestrutura de telecomunicações do Brasil”, apontou a Comunidade Hackathon Brasil.

“Entre os principais riscos existentes identificados em TV Boxes não homologados, destacam-se os sistemas operacionais desprovidos de mecanismos básicos de segurança, lojas de aplicativo dos fornecedores não submetidas às políticas globais de segurança, presença de arquivos maliciosos (malware), execução remota de aplicativos em outros equipamentos ligados à LAN, ações de captura de screenshot e de screenshare, sem que o usuário pudesse notar”, detalha o regulamento do concurso. (Com g1)

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