ANAC discute mudanças na regulamentação de drones agrícolas no Brasil

O agronegócio brasileiro segue na expectativa da publicação da nova regulamentação para drones, classe II destinados a aplicação de insumos em lavouras.
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Nesta terça-feira (28), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), vai realizar a 5ª reunião deliberativa da diretoria colegiada. Entre as pautas a serem discutidas, está a proposta de resolução sobre operações de aplicação de agrotóxicos e afins (adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes) com aeronaves remotamente pilotadas classe II.

O processo (00066.004929/2021-86) que terá como relator, Ricardo Catanant, está sendo esperado com otimismo pelo agronegócio brasileiro. Atualmente, o drone é uma das alternativas de maior eficiência para aplicação de produtos em áreas de cultivos.

Para produtor e operador Terence Carneiro, a regulamentação promoverá uma nova “roupagem” no agronegócio, pois além de otimizar a produção, a aeronave também é uma alternativa que proporciona menos impacto ao meio ambiente e às áreas de cultivos.

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De acordo com ele, a mudança da regulamentação RBAC E-94 da ANAC é muito esperada por produtores rurais e prestadores de serviços. A nova regra deve simplificar as normas de regulamentação dos drones com peso máximo de decolagem entre 25 e 150 quilos.

“Hoje, apenas drones com peso máximo de decolagem de até 25 quilos podem ser cadastrados no órgão, sendo que a maioria dos drones recém lançados, ultrapassam este limite, pois chegam até 110 quilos. Através desta mudança, a ANAC vai permitir, esperamos que ela permita, que este drones de até 150 quilos também possam ser cadastrados e possam trabalhar dentro da lei, conforme manda as normas, com segurança e qualidade na prestação dos serviços”.

A nova tecnologia tem sido recebida com otimismo, entretanto, os entraves para regulamentar têm prejudicado o avanço na utilização das aeronaves, mesmo assim, Terence ressalta que drones já estão presentes em praticamente todas as fazendas do país.

“A expectativa é de que, nos próximos cinco anos, estas aeronaves se tornem a principal ferramenta de aplicação de defensivos agrícolas no nosso país, sobretudo, por trazer mais qualidade nas aplicações com mais precisão e menos impacto ambiental, principalmente através da economia de água que chega a ser de 90%, comparando com avião e com tratores. Esta aprovação na mudança da legislação é fundamental para que a gente possa seguir trabalhando com os drones dentro da legislação e melhorando cada vez mais a produção de alimentos em nosso país” finaliza Terence. (Eva Fernandes/Portal Debate)

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