Alunos interditam VP-8 em protesto contra precariedade de escola estadual

A unidade educacional, uma das mais tradicionais de Marabá, enfrenta uma série de problemas estruturais, que são apontados pela comunidade escolar
Foto: Divulgação

MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — Na manhã desta quarta-feira (26), alunos do anexo da Escola Estadual de Ensino Médio O Pequeno Príncipe, localizada na Folha 26, Nova Marabá, interditaram a Avenida VP-8, que passa em frente à escola, em um protesto contra a falta de estrutura adequada para o aprendizado.

A unidade educacional, uma das mais tradicionais de Marabá, enfrenta uma série de problemas estruturais, que são apontados pela comunidade escolar.

Goteiras, alagamentos, banheiros entupidos e a escassez de servidores são aspectos recorrentes na rotina dos alunos e professores. O descaso vem se arrastando ao longo de anos, causando indignação a todos os afetados.

Manifestação na 4ª DRE

Ao mesmo tempo, no núcleo Cidade Nova, estudantes de três escolas realizaram manifestação na 4ª Diretoria Regional de Educação e conversaram com o diretor Magno Barros, que prometeu ir até as escolas conhecer de perto a realidade enfrentada pelos alunos.

Os estudantes apontaram a precarização das instalações das unidades escolares, falta de profissionais e um quadro de baixa qualidade da merenda escolar como principais motivos de insatisfação. A iniciativa do protesto partiu dos próprios alunos, que não frequentaram as aulas durante a manhã.

Durante a manifestação, os alunos gritaram palavras de ordem e exibiram cartazes, expressando suas reivindicações de forma pacífica. O governador Helder Barbalho (MDB) é cobrado insistentemente por melhorias nas condições da educação pública paraense.

Professores também sofrem

Um erro cometido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que atualmente tem como titular o advogado Rossieli Soares, ex-ministro da Educação do Brasil, acabou gerando prejuízos aos educadores, que receberam apenas a metade do salário em fevereiro.

Rossieli admitiu a falha, que foi gerada a partir da mudança da lotação dos professores, e garantiu que os trabalhadores prejudicados receberão o restante do salário em uma folha suplementar.

O primeiro bimestre do ano letivo de 2024 já chegou ao fim e, segundo os professores, as escolas estão sem receber com regularidade a merenda e refeição escolar. Além disso, os alunos das escolas da zona rural estão sofrendo com a falta do transporte escolar.

Diversas obras de construção e reforma das unidades de ensino no Pará estão paradas devido à falta de pagamento por parte da Seduc. Nas escolas, existe um problema crônico de falta de professores, serventes, merendeiras, agentes de portaria e coordenadores pedagógicos, conforme educadores consultados pela reportagem.

Assim como os alunos, os professores da rede estadual de educação também vêm realizando protestos e paralisações, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).

Seduc não se manifesta

O Portal Debate entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) pedindo um posicionamento acerca das demandas da comunidade escolar em Marabá, mas até a publicação desta matéria não enviou qualquer esclarecimento à reportagem. (Portal Debate)

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