Após conversa entre o prefeito Tião Miranda e representantes de parte do setor empresarial na manhã desta terça-feira (30), os ânimos devem se acalmar um pouco quanto à decisão de fechamento do comércio de Marabá por oito dias sob a justificativa de controlar o avanço da pandemia da covid-19 e desafogar o sistema de saúde.
Desde o fim de semana, uma hostilidade na Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) pautou a discussão do combate à pandemia e motivou a convocação de uma carreata para esta manhã, com a concentração de veículos em frente à Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop).
O motivo da discórdia foi a defesa que fez o presidente da entidade, João Tatagiba, das duras medidas adotadas pela prefeitura em face da pandemia. Em nota à sociedade, a diretoria executiva da Acim argumenta que o único motivo para não apoiar as restrições “seria a falta de diálogo com o setor empresarial, o que não existe”.
E continua: “Uma relação se julga por sua história e não por um momento. Fica aqui nosso reconhecimento pela forma como a gestão municipal vem tratando e negociando as medidas de combate à pandemia com a sociedade, sempre na mesa de debate”.
Na conversa com Tião, que aconteceu no gabinete da Sevop após o ato pelas vias principais do Núcleo Nova Marabá, os lojistas argumentaram contra o fechamento, mas foram convencidos pelo gestor da necessidade de, neste momento, impedir a evolução do quadro epidemiológico da covid-19.
O prefeito prometeu, na ocasião, reabrir o comércio na próxima terça-feira (6). Tião também pediu aos representantes de parte do empresariado local bom senso e paciência durante o período de fechamento. (Vinícius Soares/Debate Carajás)