A extração clandestina de manganês vem sofrendo constantes fiscalizações pelos órgãos ambientais, nos últimos meses, no sudeste do Pará. A empreitada teve início através da Operação Migrador, deflagrada pela Polícia Federal, no dia 6/11/2018, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Marabá/PA, Parauapebas/PA, Curionópolis/PA, Eldorado dos Carajás/PA, Canaã dos Carajás/PA, Salvador/BA e Vila Velha/ES, em decorrência de vários crimes.
De acordo com a PF, a extração clandestina de manganês, o não pagamento de tributos e danos ambientais causaram prejuízos da ordem de aproximadamente R$ 87 milhões ao erário público. Na época, houve interdição da BR-155, pelos trabalhadores, reivindicando a liberação da lavra de manganês.
No dia 8 de agosto de 2019, a Operação Ouro Preto, desencadeada pela Polícia Civil de Marabá, apreendeu 4 máquinas pesadas, utilizadas na extração ilegal de minério de manganês, nas proximidades da Vila União, em Marabá. Os policiais civis ainda autuaram os proprietários de três minas clandestinas por crimes ambientais e uso irregular de arma de fogo e munição.
O Exército Brasileiro, através do através do 52º Batalhão de Infantaria de Selva; agentes da Polícia Federal; agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); agentes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e militares da Força Nacional, no dia 15/10/2019, realizaram a Operação Verde Brasil, com o objetivo de coibir o garimpo ilegal e extração de manganês no Município de Marabá.
Ainda na terça-feira (15), a Polícia Federal, por meio da Delegacia de Polícia Federal em Marabá, sudeste paraense, deflagrou a “Operação Caça Jegue”, com o objetivo de combater delitos ambientais e de extração ilegal de minérios (manganês) na zona rural do município, mais precisamente no distrito de Vila União, localidade conhecida como “Vila Cega Jegue”, na Região do Rio Preto.
Segundo a Polícia Federal, a atividade criminosa movimentava a extração de cerca de 200 caminhões diariamente das áreas, cada um transportando cerca de 30 toneladas de manganês, totalizando assim a comercialização ilegal de cerca de seis mil toneladas de minério por dia, no valor em torno de mil reais a tonelada, perfazendo um montante aproximado de seis milhões de reais aos cofres públicos.
Autoridades identificaram a existência de aproximadamente 20 minas, oito pátios e vários garimpos existentes somente na Região do Rio Preto. A maioria dessas minas não possui as licenças necessárias para lavra, estoque e transporte de manganês. Não estando regularizadas, as empresas deixam de recolher milhões de reais aos cofres da União, estados e municípios. As constantes operações de fiscalização visam a combater a prática ilegal de extração de manganês no sudeste do Pará.
Redação